Relações entre Angola e Portugal cada vez mais sólidas

As relações entre Angola e Portugal nunca foram tão sólidas e os laços institucionais tendem a subir de nível, escreve hoje em editorial o Jornal de Angola.

Sob o título "Angola e Portugal Juntos", o editorial do diário estatal angolano destaca ser "normal" que as relações entre os dois países passem também por "situações menos boas", mas sendo mais importante "a capacidade de se ultrapassar os percalços e evoluir-se positivamente para os pontos que os unem".

O texto sobre as relações luso-angolanas surge um dia depois de a ministra da Justiça portuguesa, Paula Teixeira da Cruz, ter realizado uma visita de trabalho de três dias a Angola.

O texto enaltece o papel exemplar exercido pelos atores políticos na "boa gestão dos acidentes de percurso", procurando institucionalmente fortalecer os laços bilaterais a cada dia que passa.

"Para muitos, não era expectável que instituições dos dois países, independentes e soberanos, com uma profundidade de conhecimento e interesse mútuos, pudessem arriscar tanto os laços bilaterais por causa de questões ligadas ao vazamento para a imprensa de documentos e informações de foro judicial", lê-se no editorial.

E a responsabilidade pelos "sérios problemas" causados à relação bilateral é atribuída aos órgãos de imprensa lusos, "com alguma conivência ou incúria dos órgãos judiciais", por promoverem a violação sistemática do segredo de justiça em Portugal.

"Embora os laços e a cooperação económica nunca estivessem em causa, na verdade, os inícios de mal-estar fomentados pela imprensa portuguesa deveram-se, em grande medida, a algum saudosismo de alguns setores políticos que se incompatibilizam com o estado atual das relações bilaterais", é sublinhado.

No texto lembra-se que "os tempos não aconselham táticas e procedimentos irresponsáveis que acabam por minar relações entre Estados, numa altura em que as relações políticas são excelentes, em que cresce o volume de negócios e as trocas comerciais".

O editorial apela para que essa fase menos boa nas relações entre os dois países sirva para "uma melhor aprendizagem" e a "encarar o futuro com mais seriedade e responsabilidade".

"As relações bilaterais nunca foram tão sólidas como as que testemunhamos atualmente, numa altura em que os laços ao nível institucional tendem a subir de nível", finaliza.

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