Líbia põe fim ao embargo à concessão de vistos a europeus
A Líbia pôs fim ao embargo à concessão de
vistos aos europeus do espaço Schengen, anunciou hoje um alto
responsável do país, pouco depois da União Europeia ter anunciado o
levantamento das restrições a cidadãos líbios.
A presidência espanhola da UE anunciou hoje ter retirado do sistema de informação da zona Schengen os nomes de cidadãos líbios que a Suíça tinha incluído, nomeadamente o do líder líbio, Muammar Kadhafi, e alguns familiares.
"A Líbia saúda essa decisão (da UE) e anuncia o levantamento imediato" da proibição à entrada no território de cidadãos procedentes dos países membros de Schengen, disse o responsável líbio, que pediu o anonimato.
Numa declaração, a presidência espanhola da UE reiterou também lamentar o que aconteceu entre a Líbia e a Suíça no caso dos vistos e "inconvenientes" causados.
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Acrescentou que a medida, com efeitos restritivos, tinha sido adoptada "por um membro de Schengen, e não pela UE, que não desempenhou qualquer papel".
O espaço Schengen é integrado por 25 países europeus: 22 membros da União Europeia e ainda a Islândia, Noruega e Suíça. Cinco países membros da UE - Reino Unido, Irlanda, Bulgária, Roménia e Chipre - não integram este espaço de livre circulação.
A disputa entre a Suíça e a Líbia agravou-se em Fevereiro passado, quando a Tripoli decidiu suspender a concessão de vistos a cidadãos dos países que integram Schengen, em resposta ao veto de entrada na Suíça de mais de uma centena de cidadãos da Líbia.
A crise diplomática entre a Suíça e a Líbia nasceu da detenção em Julho de 2008 em Genebra de um filho do líder líbio, na sequência de uma queixa de dois empregados domésticos por violência. Em retaliação, a Líbia deteve dois empresários suíços em Tripoli sob a acusação permanência ilegal no país.