Fundação Galp premeia escola mais sustentável com painéis solares

Prémio Escola Energy Up vai distinguir projetos escolares que promovam a eficiência energética e a sensibilização ambiental. As escolas podem apresentar as suas candidaturas até dia 7 de maio.
Publicado a
Atualizado a

O movimento Future Up é um projeto educativo lançado pela Fundação Galp, uma instituição privada sem fins lucrativos, que assumiu, com a sua criação em 2009, objetivos de responsabilidade social ligados às comunidades onde se insere. Um dos pilares em que assenta a sua intervenção é o da educação para a sustentabilidade e proteção do planeta e, desde 2010, data em que arrancou este movimento, já envolveu mais de 1,7 milhões de alunos e professores em inúmeras escolas do país. Foram dadas mais de cinco mil horas de aulas relacionadas, por exemplo, com as energias renováveis, produção e consumo sustentáveis, proteção climática e a vida marinha.

Umas das vertentes do Future Up é a atribuição de prémios que sirvam para reconhecer, incentivar e divulgar boas ideias que possam contribuir para a mudança de comportamentos. Ao longo destes anos, a Fundação Galp tem incentivado projetos individuais nas comunidades escolares, num montante total de apoios materiais que ascende a mais de 200 mil euros, revela a Fundação Galp. Segundo Sandra Aparício, responsável pela Fundação, num ano letivo fortemente marcado pela pandemia de covid-19, foi necessário reforçar o papel das escolas como motores deste movimento de mudança, e foi, por isso, criado um novo desafio, que embora seja uma continuidade dos prémios anteriores, apresenta agora uma característica nova: a introdução de um grande prémio que destaca o projeto escolar mais sustentável.

A escola vencedora beneficiará da instalação de painéis solares, um prémio no valor de 20 mil euros patrocinado pela EI - Energia Independente, empresa do universo Galp especializada no autoconsumo solar fotovoltaico no âmbito da geração distribuída. Já o segundo melhor candidato usufruirá de um apoio no valor de dois mil euros para projetos escolares na área da transição energética ou inovação, e o terceiro classificado receberá um apoio de mil euros. "O nosso objetivo é premiar e dar visibilidade a soluções sustentáveis e inovadoras, que sejam um exemplo para toda a sociedade em matéria de sensibilização ambiental e que sublinhem a importância de uma utilização responsável dos recursos energéticos do nosso planeta", explica Sandra Aparício.

O Prémio Escola Energy Up tem como promotores a Fundação Galp e os parceiros institucionais, a Adene - Agência para a Energia, a APA - Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção-Geral de Educação e a Direção-Geral de Energia e Geologia, aos quais se juntou este ano a EI - Energia Independente e a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza. "Em tempos de pandemia, este prémio ganha uma importância acrescida, assumindo-se como um estímulo adicional para que a comunidade educativa continue a investir na sua sustentabilidade energética e para que continue a desafiar os alunos a serem parte ativa desta missão", afirma Sandra Aparício.

Os cinco primeiros classificados terão ainda direito a uma ação de sensibilização ministrada pela Quercus, e apresentada por Carmen Lima, autora do livro "Não Há Planeta B - Dicas e Truques para um Ambiente Sustentável" e coordenadora do Centro de Informação de Resíduos da Quercus e do SOS Amianto. Os prémios atribuídos não poderão ser trocados por outros de igual espécie ou valor nominal, nem poderão ser transmitidos a terceiros. São ilegíveis para o concurso todas as escolas básicas e secundárias - Portugal Continental e Ilhas - que tenham implementado, ou que ainda tenham em curso, projetos que se foquem, por exemplo, na adoção de hábitos que permitam poupar ou otimizar a energia, reduzir o consumo de materiais e recursos ou alterações físicas do parque escolar, atividades criadas para sensibilizar alunos, encarregados de educação ou a sua comunidade. As candidaturas deverão ser entregues até dia 7 de maio, mediante o preenchimento de um formulário (para mais informações consultar https://www. fundacaogalp.com/pt/educacao- e-conhecimento/future-up-projeto-educativo).

Todos os projectos submetidos serão avaliados por um júri de sete elementos, composto pelos parceiros do Future Up (Quercus, Adene, APA, DGE, DGEG), por um representante da EI - Energia Independente e por um representante do Global Media Goup, media partner do Prémio. Os resultados serão conhecidos no fim de maio, ao abrigo das comemorações do Dia Nacional da Energia, que se assinala a 29 deste mês.

Em 2020 foram distinguidos e apoiados pela Fundação, na área da educação e sensibilização projetos em várias áreas temáticas. Na categoria Proteger a Vida Marinha, foi destacad, por exemplo, o Atelier dos Oceanos, ligado à Escola Básica das Ribeiras, em Matosinhos. Este tem como objetivo educar a comunidade escolar no sentido da proteção dos oceanos, através do estudo, sensibilização e investigação sobre os mares e a vida marinha, através de visitas científicas realizadas pelos alunos a praias da região, entre outras iniciativas.

Na categoria de Energia e Consumo Sustentável, foi premiado o projeto Eco-Casinha, da escola do Corgo, em Vila Real. Trata-se de um trabalho de cariz ecológico que envolve toda a comunidade escolar na construção de uma casa sustentável, com aproveitamento de materiais, coletor de água de chuva e placas de acrílico para captação de luz solar. É um projeto desenhado para uso de todos os alunos que fomenta a cooperação e as práticas sustentáveis.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt