
Deus


Câmara dos Deputados
Entre Bolsonaro e Temer, Lula preferiu o "golpista"
A última entrevista. Inédita e exclusiva
Carlos do Carmo: "As histórias de faca e alguidar do fado fascinavam-me"
Tinha prometido que me daria a última entrevista. Cumpriu. No dia 19 de novembro de 2020 , às três em ponto, subi para o apartamento de Carlos do Carmo na Avenida dos Estados Unidos, em Lisboa. Uma empregada abriu-me a porta. O Carlos apareceu logo de seguida. Tinha-me pedido para não levar fotógrafo. Percebi. Estava fragilizado, embora bem disposto e extremamente lúcido. Ficámos duas horas à conversa, frente a frente, com uma pequena mesa pelo meio. Saí da entrevista duas horas depois. Obrigado, Carlos.

DN+
7 dias, 7 propostas por Paulo Pereira da Silva

fim de ano
Escolhas de chefs para a última refeição do ano

tradição
Quando o Pai Natal folga, chegam duendes, bruxas e trolls
Anselmo Borges
Natal: Deus sem máscara
1. Ia eu na rua e uma jovem interpelou-me: "Já não se lembra de mim? Até me baptizou..." E eu: "Puxa um pouquinho a máscara", e ela puxou. "Continuas linda, Susana!"
Luís Filipe Castro Mendes
Eduardo Lourenço, o ausente de si mesmo
Eduardo Lourenço soube tão bem identificar os seus irmãos de alma num Montaigne ou num Kierkegaard quanto reconhecer a sua orfandade face à ortodoxia católica em que nasceu e foi criado e da qual o exercício de pensar o exilou. Essa ausência de si mesmo pela ausência de Deus confere ao percurso da sua odisseia um inconformismo radical com qualquer dos sistemas em que procuremos sossegar a nossa angústia, dispensando-nos do risco de pensar. Nem o catolicismo tradicional e fechado da Igreja constantinista e antimoderna que se casara com o Estado Novo nem o marxismo mecanicista que surgira para encabeçar a luta revolucionária dos oprimidos poderiam responder à exigência do seu pensamento. Eduardo Lourenço aprendera com Kierkegaard que ser cristão só pode significar a angústia de não poder chegar a ser cristão e compreendera na própria leitura do mundo que o marxismo na sua versão da época, tal como a filosofia de Hegel para o pensador dinamarquês, construía um palácio no seu sistema de pensamento para viver numa cabana na vida verdadeira. A pobre cabana do socialismo real face ao palácio do sistema marxista-leninista, a falsidade farisaica da vivência cristã face à mensagem revolucionária de Cristo, ambas levaram Eduardo Lourenço para o difícil caminho dos heterodoxos.

Itália
"A autorização de residência é a nova escravidão"

Covas vs. Boulos
Duelo em São Paulo é o mais "nacional" na 2.ª volta das municipais
