OpiniãoNovas lanchas da GNR: polémica em tons de Guerra-FriaPoucos temas despertam tanta emoção em Portugal como a nossa relação com o mar. Somos um país da frente marítima da Europa e foi através dos oceanos que edificamos um império, tendo as navegações dos portugueses sido determinantes para a afirmação do continente europeu no mundo. Fomos pioneiros da globalização, centrada no comércio de especiarias do extremo oriente, escravos do continente africano e açúcar do Brasil. A superioridade tecnológica na construção naval e o controlo dos estreitos de Malaca, Ormuz e Bab-el-Mandeb garantiram-nos o domínio do oceano Índico durante um século e definimos as bases da estratégia marítima. Fomos precursores e defensores do mare clausum e do direito de passagem inofensiva de embarcações num mar que dividimos com a Espanha em partes iguais no Tratado de Tordesilhas, legitimados pela autoridade internacional da época - o Vaticano.
A cinco milhas de SetúbalSusto no mar. "As orcas partiram o leme e o barco ficou à deriva"Luís Bessone Basto foi comandante de petroleiro durante cerca de 40 anos e nunca vira nada igual ao ataque de que o seu veleiro foi alvo perto da costa de Sesimbra. "As pancadas eram tão fortes que o barco, de sete toneladas, virava de um lado para o outro", conta o filho.