Teresa ViolanteDireito à vida, mas não dever de viver a todo o custoNo mesmo dia em que a Assembleia da República aprovou a despenalização da eutanásia, deu entrada no parlamento federal alemão uma proposta legislativa interpartidária com vista a regulamentar as condições em que pode ser exercido o direito a uma morte digna. Esta proposta legislativa vem dar cumprimento à decisão do Tribunal Constitucional federal alemão que, em 26 de fevereiro de 2020, declarou inconstitucional a criminalização da oferta de serviços profissionais de auxílio ao suicídio e estabeleceu a existência de um direito fundamental a procurar ajuda para pôr fim à própria vida em condições de dignidade. Segundo o Tribunal Constitucional alemão, a dignidade individual de cada ser humano implica que cada indivíduo deve poder controlar a sua vida nos seus próprios termos e não ser forçado a viver em condições irreconciliáveis com a sua identidade pessoal e com as suas crenças e convicções individuais. Para os juízes alemães o direito de decidir pôr fim à própria vida tem uma conexão profunda com o direito à existência e com a identidade e individualidade de cada pessoa. Por isso, o direito à morte autodeterminada não se limita ao direito à recusa de tratamentos, abrangendo a decisão ativa de colocar fim à própria vida.
Reino UnidoJustiça decide futuro de Assange entre apelos ao perdão de TrumpOs EUA pedem a extradição do fundador da WikiLeaks, que arrisca uma pena de 175 anos de prisão se for condenado ao abrigo da lei de espionagem por ter divulgado material secreto. Defensores de Assange dizem que o que está em causa é a liberdade de expressão.