"Escolhemos a estação Oriente porque foi inaugurada quando se fez a Expo 98 e foi a primeira estação a ter artistas, para além de nacionais, internacionais. O Metropolitano de Lisboa convidou artistas internacionais de renome e dada a universalidade do tema da Expo 98, que eram os oceanos, a estação Oriente foi subordinada a essa temática. Então foram convidados artistas dos cinco continentes existentes para intervir com os seus trabalhos, nós temos cinco artistas europeus, temos três asiáticos, um africano, um americano, um australiano - temos os cinco continentes lá representados e foi a primeira estação subordinada uma temática específica com artistas nacionais e estrangeiros. A estação Olaias também inaugurou em 1998, com a Expo, e é uma estação que, pela sua dimensão e arquitetura, sempre foi considerada a catedral do metro. É uma estação que tem a arquitetura de Tomás Taveira e tem uma série também pontos artísticos, de esculturas e de artistas plásticos cerâmicos de outros escultores. É uma estação muito grande, em termos de cais é o maior de todas as estações do Metropolitano. Foi considerada uma das dez mais bonitas do mundo em várias publicações. Depois temos a Baixa-Chiado. Foi inaugurada em 1998 e é uma estação muito sui generis por diversos motivos. Tem muito pouca intervenção plástica, a qual está confinada aos acessos de entrada, e tem uma arquitetura muito particular da autoria de Álvaro Siza Vieira, que toda a gente conhece. É uma zona muito clean, tudo com azulejos brancos, e esta conceção dos espaços é também diferente de todas as outras estações. Para além de que é a estação atualmente mais profunda do Metropolitano de Lisboa, a cerca de 40 metros de profundidade, o que equivale a um edifício de mais de três andares".