Hoje começa a terceira fase de desconfinamento. Como acha que tem corrido até agora e como avalia a gestão que o governo tem feito da pandemia?
O desconfinamento tem corrido bem, tem sido um processo de aprendizagem que já ultrapassou um ano. A grande questão que se coloca neste momento é se não entra uma estirpe nova, com outra capacidade de contágio. Mas até agora o desconfinamento está a correr bem. Em relação à gestão do governo, eu assumi, desde o início da pandemia, imaginar o quanto é que não seria grave para quem tem de tomar decisões num plano nacional. E, portanto, não me pareceu que deveria fazer críticas ao governo. Quanto muito dar sugestões. E, nessa perspetiva, com algumas situações pontuais que certamente o próprio governo terá avaliado e corrigido, o processo tem decorrido de uma forma positiva. Utilizei uma perspetiva que costumo utilizar noutras circunstâncias. Peço aos colegas do Arquivo Histórico Municipal para me darem informação do que terão sido decisões de outros que estavam na mesma posição em que eu estou hoje. E aprendi muito. Aconselhei-me com academias, com as universidades, com quem tinha conhecimento. Aconselhei-me também com oficiais das Forças Armadas, porque desde o princípio se falava que isto era uma guerra. O governo tem tomado decisões que eu tenho avaliado positivamente, mesmo que uma ou outra não seja exatamente aquilo que seria o objetivo do governo ao tomá-las.