Exclusivo Força Qods. A máquina de exportar a revolução iraniana
Entre os Guardas da Revolução, é o braço armado da intervenção no estrangeiro para dar apoio ao que consideram ser o "eixo da resistência", não olhando a meios para confrontar os inimigos, do Estado Islâmico aos EUA.

O guia supremo Ali Khamenei cumprimenta o novo comandante da Força Qods, Esmail Qaani, à esquerda do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, e do comandante dos Guardas da Revolução, Hossein Salami.
© EPA/GABINETE DO GUIA SUPREMO DA REPÚBLICA ISLÂMICA DO IRÃO
Se há mérito que não pode ser negado à decisão dos Estados Unidos em executar Qassem Soleimani, o comandante das ações no estrangeiro (Força Qods) dos Guardas da Revolução, é o de tirar este grupo da sombra. Primeiro, retaliou de forma oficial, no lugar da força aérea iraniana, com 13 mísseis contra a base militar iraquiana Ain al-Assad; e depois, ao anunciar a operação, denominada Mártir Soleimani, na conferência de imprensa do general Amir Ali Hajizadeh, comandante do ramo aéreo dos Guardas da Revolução.
Mais surpreendente do que ter anunciado "dezenas de mortos e feridos", transportados para Israel e Jordânia em "pelo menos nove aviões C-130", alegação desmentida pelos EUA, a conferência de imprensa oficializou a relação do regime iraniano com grupos islamitas de países no Médio Oriente - alguns dos quais tentaram ocultar no passado esses laços.