Exclusivo Os túneis por onde o marquês desviava água do aqueduto para ele e os amigos

Pombal foi acusado em 1780 de se apropriar da água do chafariz em frente ao seu palácio. Pombal defendeu-se dizendo que só recolhia os sobejos. Não era caso único nas suas várias propriedades e nas dos amigos!

O Aqueduto das Águas Livres é uma aventura de engenharia inédita para a época, com 60 quilómetros de galerias que traziam pela primeira vez água potável para Lisboa. As obras começaram antes da chegada ao poder do marquês de Pombal, mas foi como primeiro-ministro de D. José que este governante se tornou um dos portugueses que mais se beneficiaram com a obra ao alterar o plano inicial e fazer que novas condutas abastecessem as suas propriedades e a de amigos da alta burguesia e da nobreza.

A água era então uma forma de poder e, se chegava a alguns chafarizes públicos, ia também abastecer palácios. Quem o afirma é uma dupla de investigadores, Fernando Teigão dos Santos e Pedro Costa, que nos últimos quatro anos exploraram muitas centenas de metros da infraestrutura do aqueduto e publicaram um livro com o resultado da expedição subterrânea da capital, A Lisboa Subterrânea do Marquês de Pombal.

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