Portugal voltou a bater um recorde de mortes e de novas infeções nesta nova vaga da pandemia. Há a registar mais 5649 casos e mais 22 vítimas mortais nas últimas 24 horas (desde 6 de fevereiro que o número de casos não era tão alto e desde 10 de março que não havia tantos mortos). Estão 879 pessoas internadas (menos 23 que na sexta-feira), das quais 130 (mais uma) em unidades de cuidados intensivos.
As novas infeções surgem em maior número no norte de Portugal, mais 1775 de sexta para sábado, tal como os mortos, mais sete. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com mais 1699 casos e mais cinco vítimas mortais, com a região centro a ocupar o terceiro lugar: mais 1474 infetados e mais quatro mortes. Mas os números absolutos escondem a sua dimensão na população local. Os concelhos com maior incidência da pandemia estão longe da capital portuguesa.
A análise a 14 dias da proporção de infeções da covid-19 por residentes identifica dez concelhos cuja situação é muito grave. São aqueles em que há mais de 960 casos por cem mil habitantes. Os dez concelhos são Carregal do Sal, Vila Nova de Paiva, Terras de Bouro e Vimioso, a norte do país; Soure e Mira, no centro; Barrancos, Serpa, Monchique e Portimão, a sul.
Portugal atingiu este sábado as 18 514 mortes, entre as pessoas mais velhas e com comorbilidades. Os residentes no país com 80 ou mais anos representam 65,1 % das vítimas mortais (12 055). E os que estão na faixa etária dos 70 aos 79 são 21,5 % (3983) do total.
As estatísticas continuam a revelar uma taxa de letalidade baixa entre os mais novos. Morreram 65 residentes no país por infeção deste novo vírus com menos de 40 anos, sendo que cinco com menos de 20.