02 julho 2018 às 09h53

Campeão regressa ao trabalho ainda com muitas indefinições

Lado direito da defesa já rendeu 40 milhões de euros, mas serão os jogadores que estão a terminar contrato (Herrera, Brahimi, por exemplo) a ditar leis no que toca à composição do plantel

Bruno Pires

Arranca hoje, segunda-feira, a pré-época do FC Porto, que vai tentar defender o título nacional conquistado na temporada que agora findou. O objetivo é claro e está bem definido: alcançar o bicampeonato sob a batuta de Sérgio Conceição, uma aposta de Pinto da Costa coroada de êxito e que fez com que o presidente portista renovasse o contrato do treinador numa altura em que Lazio e Inter de Milão tentavam persuadir o treinador a mudar de ares.

Entre saídas e entradas destaque para o lado direito da defesa. Saíram Diogo Dalot e Ricardo, que deixaram nos cofres um valor acima dos 40 milhões de euros, e entraram o brasileiro João Pedro (Palmeiras) e o suíço Saidy Janko (Saint-Étienne) - a extensão do contrato de Maxi Pereira será tratada após o Mundial.

No que diz respeito a mais reforços realce para o facto de o FC Porto ter acionado as opções de compra do central venezuelano Osorio (Tondela) e o médio Paulinho (Portimonense) que já se encontravam no clube na condição de emprestados - para já não falar da renovação de Casillas.

A composição do plantel andará muito à volta do que vai acontecer com futebolistas que estão no último ano de contrato e que o FC Porto precisará de negociar, neste defeso, ou então de renovar. Herrera, André André, Brahimi, Gonçalo Paciência e novamente Casillas são futebolistas que veem o seu vínculo expirar em junho de 2019. E todos eles são importantes como indiscutíveis ou como backup às opções iniciais. E, perante este cenário, é absolutamente crucial para as finanças da SAD portista que não surja mais nenhum caso como aquele que Marcano protagonizou neste defeso, visto que saiu para a Roma em final de contrato depois de o FC Porto o ter contratado em junho de 2014 a troco de 2,65 milhões de euros.

Será neste labirinto que o FC Porto terá de construir um plantel capaz de lutar pelo bicampeonato e de ir o mais longe possível na Liga dos Campeões em ano de incremento monetário na prova rainha da UEFA.