Grupo de 26 países africanos assina acordo de comércio livre

Angola e Moçambique são os dois países lusófonos entre os 26 como membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral um dos três blocos comerciais integrados no acordo.

Líderes políticos de 26 países africanos assinaram hoje no Egito um acordo de livre comércio que abarca metade do continente e é tido como potencialmente histórico.

Angola e Moçambique são os dois países lusófonos entre os 26 como membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), um dos três blocos comerciais integrados no acordo, juntamente com a Comunidade da África Oriental (CAO) e com o Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA).

Os 26 países africanos envolvidos têm no total um Produto Interno Bruto (PIB) de 885 mil milhões de euros e mais de 625 milhões de pessoas.

O pacto foi assinado numa cimeira em Sharm el Sheikh pelo presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, e o vice-presidente da Tanzânia, Mohamed Bilal.

A zona tripartida de comércio livre deve tornar-se um mercado comum unindo 26 dos 54 países africanos, tendo como objetivo estabelecer regras para se avançar no sentido de tarifas aduaneiras preferenciais, facilitando assim a circulação de bens e mercadorias.

"O que fazemos hoje representa um passo importante na história da integração regional de África", declarou Sissi na abertura da cimeira.

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, considerou, por seu turno, que a "Tripartida" vai permitir a África "fazer enormes progressos e todo o continente avançará".

Do Cabo ao Cairo, estão incluídas no acordo as duas economias mais desenvolvidas do continente, a África do Sul e o Egito, assim como países dinâmicos como a Etiópia e o Quénia, além de Angola e Moçambique.

O presidente Mugabe sublinhou que o tratado estabelece "uma economia sem fronteiras" que permite ao novo bloco classificar-se no 13.º lugar a nível mundial em termos de PIB.

Para entrar em vigor, o tratado terá de ser ratificado dentro de dois anos pelos parlamentos dos 26 países.

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