Salários na energia, banca e telecom na mira da troika

Trabalhadores dos sectores protegidos da concocrrência e mais sindicalizados beneficiam das polémicas rendas. E, por isso, os cortes devem atingir não só os lucros mas também salários. Este será um tema importante da décima avaliação da troika que começa quarta-feira.

O "Jornal de Negócios" escreve hoje que "a troika está dececionada com o ajustamento salarial em Portugal, especialmente nos sectores menos sujeitos a concorrência e mais sindicalizados, como a energia, telecomunicações, transportes, banca, educação ou justiça. Neste tipo de sectores, os trabalhadores também beneficiam das rendas excessivas conseguidas pelos acionistas, e devem por isso contribuir em conjunto com reduções salariais e de lucros, proporcionando um alívio dos custos impostos sobre o resto de economia".

Segundo o jornal, "em causa está o chamado sector dos bens e serviços "não transaccionáveis". Sobretudo serviços que estão mais protegidos da concorrência internacional. Muitas vezes estes são também sectores com níveis de sindicalização mais elevados, o que dificulta as negociações e flexibilidade salariais ao nível das empresas. O ajustamento de salários e preços estará no centro da décima avaliação da troika que começa quarta-feira, confirmou o jornal junto de várias fontes conhecedoras do processo. A estes temas juntam-se com destaque a execução orçamental deste ano, o regresso aos mercados e os efeitos de eventuais chumbos do Tribunal Constitucional a cortes em salários e pensões".

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