Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento: Pavilhão Atlântico "será privatizado"

A empresa Parque Expo vai ser fechada pelo Governo e as empresas e projectos da mesma serão distribuídos por entidades públicas e privadas.

"A Parque Expo é um mau exemplo que não pode continuar. Foi uma empresa criada para determinado fim e foi acumulando competências para auto-justificar a sua manutenção", revelou ao semanário "Sol" a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento, Assunção Crista, que comunicou ontem a decisão à gestão da empresa.

Criada em 1993 e integrada no sector empresarial do Estado, a Parque Expo tinha, nessa altura, a missão de construir, explorar e desmantelar a Expo'98 e de concretizar a reconversão urbanística da zona envolvente, hoje o Parque das Nações.

Liderada por Rolando Borges Martins, tem vindo, no entanto, a alargar as suas competências - assume-se como prestadora de serviços na área urbana e ambiental - transformando-se numa holding. Através de várias subsidiárias, é o responsável por espaços como o Oceanário de Lisboa, a sala de espectáculos do Pavilhão Atlântico ou a Gare do Oriente.

Frisando que cada caso será tratado "em separado", Assunção Cristas adianta desde já que o Pavilhão Atlântico, um activo cuja gestão não está entre as competências do Estado "será privatizado". Já o Oceanário de Lisboa manter-se-à em domínio público. "É auto-sustentável e tem uma função relevante no desígnio do mar e da economia do mar", adianta a ministra, que não excluiu a possibilidade de ter aqui um parceiro de negocio.

Quanto aos 49% que a Parque Expo detém na Gare Intermodal de Lisboa, onde se inclui a Estação do Oriente, deverão ser distribuídos pela Refer e pelo Metropolitano de Lisboa que, aliás, já têm respectivamente 34% e 17% da sociedade responsável pela infra-estrutura.

Relativamente à Marina do Parque das nações, segundo Assunção Cristas, a tutela está a estudar duas possibilidades: concessioná-la ou privatizá-la.

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