Ana Drago: "Precisamos de mentiras novas" porque Sócrates contou "história" que "não é convincente"

A deputada do BE Ana Drago considerou hoje que na entrevista desta noite à RTP o primeiro-ministro insistiu em contar uma "história" sobre o pacote de austeridade chumbado no Parlamento em Março que "não é convincente".

Segundo Ana Drago, o primeiro-ministro, José Sócrates, "veio dizer ao país que se fosse agora aprovado o PEC IV isto era a salvação do país". "É altura de dizer ao primeiro-ministro que ou ele aprende alguma coisa com a experiência dos sucessivos pacotes de austeridade, que conduziram ao empobrecimento do país no último ano ou, lamento dizer-lhe, mas precisamos de mentiras novas, porque de facto, esta história que é vendida por José Sócrates aos portugueses não é convincente", declarou a deputada do BE aos jornalistas, no Parlamento.

De acordo com Ana Drago, a cada novo conjunto de medidas de austeridade, como "cortes nos salários, cortes nos abonos de família, cortes nos subsídios de transportes de doentes, congelamento das pensões", José Sócrates "tem vindo a dizer que este é o momento em que se consegue colocar um ponto final na crise da dívida pública" e "hoje repetiu exactamente a mesma história" a propósito do pacote que a oposição chumbou no Parlamento, levando à sua demissão. Mas "essa história não bate certo ao longo do último ano" e "a verdade é que o país tem estado a empobrecer, a capacidade de produção de riqueza da nossa economia está a diminuir, entrámos em recessão", acrescentou.

Por outro lado, Ana Drago considerou que na entrevista desta noite à RTP o primeiro-ministro manifestou "uma certa satisfação em atacar o PSD", o que disse compreender, "porque, de facto, o PSD vai dizendo, com alguma alegria, que, não só o PEC IV era pouco, como era necessário ir mais longe nos pacotes de austeridade".

"E, portanto, sobre este debate que eu creio que os portugueses têm de reflectir nos próximos tempos porque, de pacote de austeridade e de PEC em PEC, o país tem perdido a sua capacidade de responder a uma crise social e económica gravíssima", concluiu.

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