Presidência vai implicar reforço de 5 a 10 milhões
UE. O Orçamento para gastos com a presidência vai ser reforçado
Luís Amado admitiu ontem, no Luxemburgo, a necessidade de fazer um ajustamento de mais cinco a dez milhões de euros ao orçamento inicial de 51,5 milhões de euros, previsto para despesas com a presidência portuguesa da União Europeia . "Podemos precisar de mais cinco a dez milhões de euros no exercício final do orçamento da presidência ", disse o chefe da diplomacia portuguesa no final de uma reunião dos 27.
O ministro dos Negócios Estrangeiros considera que este ajustamento orçamental não é nada de muito grave. Quando elaborou o Orçamento para 2007, o Governo estimou gastar com a presidência portuguesa da UE cerca de 46 milhões de euros, referentes ao aumento de despesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e 5,5 milhões de euros com os outros ministérios.
Portugal assume a presidência rotativa dos 27 durante o segundo semestre do corrente ano, depois de já ter tido essa responsabilidade no primeiro semestre de 1992 e também no primeiro semestre de 2000. Luís Amado assegurou que o Governo irá manter o processo interno de reformas, apesar da acrescida responsabilidade externa motivada pela presidência da UE.
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"Seria um erro muito grave se o Governo descurasse a concentração que tem de manter no processo de reformas que o país exige", disse o MNE português no final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE
Para Luís Amado, é perfeitamente possível compatibilizar os dois processos, o interno e o externo. O ministro espera que a oposição continue a desempenhar o seu papel na frente interna, mas também não tem dúvida que, relativamente ao exercício da presidência , haverá seguramente um consenso que tem sido uma característica na vida política portuguesa , em relação às questões de política externa. Portugal assume a presidência da UE no segundo semestre de 2007, o que significa um maior envolvimento dos níveis mais elevados da administração pública na gestão dos assuntos europeus.