Queixa do PS na CNE é sinal de "grande desespero"
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS, Paulo Rangel, considerou que a queixa feita hoje pelo PS junto da Comissão Nacional de Eleições por inaugurações do Governo em campanha é sinal de "grande desespero".
À saída de uma fábrica em Penafiel, Paulo Rangel ripostou contra a queixa apresentada pelos socialistas na Comissão Nacional de Eleições (CNE), dizendo que "é claro que há um grande desespero no PS". Rangel criticou também os socialistas pela "dramatização da campanha", "a história mal contada de Mário Soares" e a "nacionalização do debate".
Paulo Rangel quantificou pela primeira vez as "80 promessas socialistas", que disse que "vão custar 1750 milhões de euros". O social-democrata criticou o facto do PS dizer que vai conseguir obter esse valor com o crescimento, quando, defendeu, "quem fez o crescimento foi a Aliança Portugal".
Quanto à queixa da CNE, que o PS anunciou que irá fazer hoje, tem como justificação o número de inaugurações e projetos apresentados pelo Governo durante a campanha eleitoral. O dirigente socialista, António Galamba, membro do secretariado nacional do PS disse à Lusa que o Governo tem violado o dever de neutralidade e imparcialidade durante as campanhas eleitorais, sendo que a queixa à CNE visa dar "uma lição para o futuro". "Desde que foram marcadas as eleições europeias, a 21 de março, o Governo já fez 25 inaugurações, assinou 20 protocolos para obras e lançou oito projetos", referiu o dirigente socialista.
