"Há alternativa e tudo farei para que seja concretizada"
António José Seguro apresentou hoje ao final da tarde as conclusões da reunião extraordinária do Secretariado Nacional do Partido Socialista. O secretário-geral do PS falou durante 12 minutos, sem direito a perguntas no final, e reafirmou que o seu partido é uma alternativa viável e bem fundamentada e criticou o Governo por culpar o Constitucional pela situação em que o país hoje se encontra.
"Não foi a decisão do Tribunal Constitucional que criou a crise em que vivemos, foi o Governo. O TC cumpriu a sua função", diz Seguro.
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O que nos colocou nesta crise social, nesta espiral recessiva foi a política de austeridade do Governo", prossegue o secretário-geral do PS.
"O Governo só tem que se queixar de si próprio e da sua política",afirma ainda.
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"O Governo escolheu o seu proprio caminho que conduziu o país ao empobrecimento. O primeiro-ministro foge às suas responsabilidades e tenta enganar os portugueses ao relacionar a decisão do Tribunal Constitucional aos cortes", refere.
Seguro afirma que o PS é uma alternativa ao Governo de coligação PSD/CDS e diz que a alternativa socialista assenta em dois pilares.
"Parar com a austeridade não significa a indisciplina. O PS defende a disciplina orçamental. É necessário estabilizar a economia", sublinha Seguro.
Seguro fala em reduzir o IVA da restauração e mexer no salário mínimo nacional, implementar um plano de emergência para ajudar os desempregados com ajuda de fundos comunitários.
O país precisa de fomentar as exportações e captar o investimento estrangeiro e de definir um programa de substituição de importações pelo aumento da produção nacional, nomeadamente no sector agro-alimentar, reforça Seguro.
"O caminho do PS está fundamentado em propostas credíveis", diz. "Há uma alternativa e tudo farei para que essa alternativa seja concretizada em Portugal", termina o secretário-geral do PS, antes de abandonar a sala, sem direito a perguntas.