PS: não houve reunião com PSD, nem foram feitas propostas
O líder parlamentar do PS disse hoje que durante o fim-de-semana não houve nenhum encontro com os sociais-democratas para discutir o OE, nem os socialistas receberam qualquer proposta que fosse ao encontro das suas.
"Não houve encontro nenhum, nem hoje, nem ontem [sábado]", afirmou o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho, em declarações à Lusa. Corroborando as declarações do secretário-geral socialista no sábado, Carlos Zorrinho insistiu ainda que "a bola está do lado do PSD".
Questionado se o PS mantém abertura para discutir o Orçamento do Estado para 2012 com o PSD e o Governo, o líder da bancada socialista respondeu: "se houver alguma coisa para discutir ou alguma proposta".
"Não houve ainda nenhuma proposta que fosse ao encontro das nossas", acrescentou.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
No sábado, o secretário-geral do PS, António José Seguro, recusou que a "bola" esteja do lado dos socialistas na "recta final" da discussão do Orçamento do Estado para 2012, afirmando que o Governo é que "tem 24 horas" para responder às suas propostas.
"O PS apresentou um conjunto de propostas para tornar menos injusto este orçamento, e a maioria do PSD e do CDS-PP tem de dizer quais é que aprova e com quais é que não está de acordo. E se tiver propostas alternativas, que as apresente. Tem 24 horas para o fazer", apontou António José Seguro, que fala aos jornalistas em Bruxelas.
António José Seguro sublinhou ainda insistentemente que "não há, não houve, nem haverá nenhum processo de negociação" entre o PS e o Governo, porque este "não é o orçamento" do seu partido, que há muito decidiu o seu sentido de voto, e que apenas está disponível para "dialogar", não para "negociar".
"A bola, como se costuma dizer, está do lado do Governo", que tem uma maioria absoluta e, como tal, "a faca e o queijo na mão", apontou.
Antes, o primeiro-ministro tinha afirmado que "o Governo mantém abertura se houver evolução do PS" para fazer "alguma modelação" na aplicação de medidas de austeridade com "impacto social mais pesado".
A Agência Lusa tentou contactar o líder parlamentar do PSD e o gabinete do primeiro-ministro, mas sem sucesso.