Vaz Guedes pede auditoria ao BPP para apresentar em três meses

Diogo Vaz Guedes é o novo presidente da Privado Holding, a accionista do BPP, e tem como missão imediata pedir uma nova auditoria à Deloitte, cujos resultados serão apresentados aos accionistas.

Eleito por 98% dos votos presentes - na assembleia esteve presente 89% do capital - Vaz Guedes diz-se disposto a "virar a página" e a contribuir para "criar as condições para viabilizar o projecto a médio e longo prazo".

Falando aos jornalistas, no final da reunião de ontem, o presidente da Privado Holding defende que existem "vários ingredientes, internos e externos, à disposição de accionistas e administradores do BPP", para se desenhar "a solução definitiva", para a instituição.

"Não conheço o plano de viabilização apresentado pelo dr. Adão da Fonseca ao Banco de Portugal", adiantou Vaz Guedes, acrescentando que "seria estranho que o conhecesse". Só a partir de agora está em condições de colaborar com a administração do BPP, na procura da sua viabilização.

Questionado se confiava na Deloitte, que auditou os exercícios passados e recentemente concluiu uma outra relativa à actual situação da holding, Vaz Guedes afirmou que será a mesma consultora a efectuar a próxima.

Coube a José Miguel Júdice, presidente da mesa da assembleia geral da Privado e presente na conferência, explicar os prejuízos de cerca de 200 milhões de euros, apurados recentemente pela Deloitte na última auditoria à Privado. Segundo o jurista, essa avaliação pressupunha que o banco não existisse, uma vez que era impossível avaliar na actual situação.

Confrontado com as investigações em curso no BPP, Vaz Guedes não quer fazer comentários. "Estaria muito mais confortável se o que se está a passar, não fosse realidade", anuiu. "São factores que perturbam, mas não nos fazem desistir", adiantou.

Além de Vaz Guedes, o novo conselho de administração ontem eleito conta ainda com João Cotrim Figueiredo, como administrador-delegado.

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