
Opinião


A terra com que tivémos fome
I cannot rest from travel: I will drink Life to the lees Tennyson, Ulysses
Luís Castro Mendes

Graça Morais
!Tenho um enorme amor ao meu País, mas em especial a estas terras que eu conheço e que lutam sempre com imensas dificuldades, a vários níveis. Sinto que é importante, mas mesmo muito importante, que uma Universidade atribua um Honoris Causa a uma mulher e a uma artista, porque não é muito comum as universidades fazerem-no".
Guilherme d'Oliveira Martins

Dois pesos e duas medidas
A ideologia ocidental, a começar pela sua própria auto-nomeação, é intrinsecamente arrogante, padecendo, desde logo, de dois pecados insuportáveis: o critério de dois pesos e duas medidas e o seu complexo de superioridade moral. Por "ideologia ocidental" entendo a cosmovisão elaborada e difundida a partir do centro (as potências atualmente hegemónicas, lideradas pelos EUA), a qual é assumida por um amplo arco político nos países dominantes, não se notando grandes diferenças, sobretudo culturais, entre direita e esquerda; tal cosmovisão, entretanto, pode igualmente ser assumida pelas elites dominantes das nações subalternas, numa demonstração de cachiquismo (subserviência) típico.
João Melo

Quatro provérbios russos
Uma guerra são sempre, pelo menos, duas guerras. E vista do lado de cá, não sabemos ao certo como é que a guerra está a ser vivida e contada do lado de lá, onde a ousadia do escrutínio é uma aventura reprimida. Perguntado na rua, talvez o russo comum responda com o ditado antigo que ironiza o fatalismo histórico do seu povo: "Vamos menos mal: pior do que no ano passado, mas definitivamente melhor do que no ano que vem".
Afonso Camões

De mal-amado a salvador do crescimento
Aquele que foi um setor mal-amado por tantos em Portugal pode ser, de novo, o que vai colocar o país a crescer. Trata-se do turismo. Muito protestaram quando estava em alta, mas a verdade é que dinamizou o imobiliário, a restauração e hotelaria, entre outros negócios, como nunca antes acontecera. Depois da crise pandémica e dos atuais impactos do conflito na Europa, crescer é o que o país precisa, e já!
Rosália Amorim

Revisão à la carte
Sai uma cerveja, um pires de tremoços e uma revisão constitucional, mal-passada.
Pedro Cruz

A 13 de maio na baía de Kowloon
A de 13 de maio registou-se o regresso dos fiéis à Cova da Iria. Esta foi a primeira peregrinação em massa após o afastamento imposto pela pandemia de Covid-19. É sempre emocionante assistir a esta grande manifestação de Fé, que juntou milhares de crentes na procissão das velas no passado dia 12.
Manuel Portugal Lage

Precisa-se de um plano estratégico para o desporto nacional
Planeamento, ou apenas planear pedir mais dinheiro? e se o dinheiro não chega? E se ano após ano apenas sabemos repetir a estafada receita de pedir mais e mais e o resultado da análise de qualquer gestor de recursos escassos, quando não vê inovação, visão, e alinhamento nessa visão, nos vão dando menos e menos, dando assim razão a Einstein que tão bem soube definir loucura, "continuar a fazer as coisas sempre da mesma maneira e esperar resultados diferentes".
Luís Alves Monteiro

Semanologia
O de Orçamento do Estado - já ocorreu a discussão do Orçamento do Estado (OE) para a Cultura, entre o governo e a comissão parlamentar respetiva. Se comparado o valor do OE da Cultura de 2015 (último ano do governo Passos Coelho) - 219,1 milhões de euros - com os 324,45 milhões previstos para 2022, verifica-se um aumento do montante orçamentado. Todavia, este número é enganador, visto ter crescido o montante do OE total, de 2015 para 2022. O aumento da despesa do Estado não é, por si, garantia de melhores serviços públicos. A entrada de mais fundos europeus, os encargos da dívida, a contração de empréstimos, assim como do número de funcionários públicos explicam a maior parte do aumento. O montante de 0,25% de Orçamento consolidado para a Cultura - se retirarmos os encargos que o Ministério da Cultura tem com a RTP e a Lusa - significa que, efetivamente, em percentagem do Orçamento de Estado, de 2015 para 2022 o Orçamento da Cultura diminuiu! É que, em 2015, o Orçamento da Cultura representava 0,26% do OE. Deve ainda considerar-se o aumento da inflação - não dá para analisar o crescimento do Orçamento em meros termos nominais. E parte relevante do reforço orçamental da Cultura de 2022 provém de fundos de emergência europeia - o PRR. Finalmente, Orçamento e despesa são coisas diferentes. Qual a diferença entre o valor orçamentado e o valor executado pelo governo, entre 2016 e 2021? Ou seja, quanto é que, efetivamente, o Estado gastou com Cultura? Tenho a certeza de que vamos perceber que há distância entre a declaração de amor à Cultura feita pelos governos socialistas e a despesa efetiva que os mesmos praticam. A tentativa de deitar areia para os olhos dizendo que tem de se somar ao valor do Ministério da Cultura o que se gasta em outras áreas de governo com a Cultura é uma falácia - nem o INE nem a Comissão Europeia usam este critério. Há que comparar o que é comparável.
Jorge Barreto Xavier

O entusiasmo da Eurovisão e os custos da guerra
Como se viu no voto do público da Eurovisão, os europeus percebem o que se passa na Ucrânia e de que lado se deve estar. Mas não é certo que saibam quanto é que isso custa.
Henrique Burnay

Envelhecimento ativo, saudável e feliz
O envelhecimento crescente e estrutural da nossa população é um desafio que devemos assumir de forma positiva.
Pedro Pimpão

Volta para a tua terra
Falar de centralismo neste país de salamaleques e vénias constantes ao poder passou a ser "chato". Ou melhor, os que falam de centralismo são uns "chatos". Já não é apenas a resposta básica que começa com um "não há centralismo nenhum" e que termina com o mais que certo "vocês é que são uns provincianos". Passou a acrescentar-se o "não temos paciência para essa conversa", mais ainda se quem se queixa vive e trabalha em Lisboa. Como é que os que, como eu, ganham a vida trabalhando em Lisboa se atrevem a apontar-lhe o dedo? Para os que vivem curvados perante o poder (honra lhes seja feita, a curvatura mantém-se seja qual for o poder) a pergunta faz todo o sentido. A mim, por mais de uma vez, me mandaram de regresso à minha terra.
Paulo Baldaia

Xangai, uma cidade inteira à janela
São impressionantes as imagens que nos chegam de uma das cidades mais cosmopolitas da China. Xangai é uma espécie de Nova Iorque do futuro. Percorrer as ruas daquela urbe é um autêntico banho de inovação, de arquitetura vanguardista, de tecnologia e de ambiente internacional de negócios. Mas hoje parece ter entrado num túnel que a forçou a uma viagem ao passado. Uma das metrópoles mais importantes do mundo vê-se debaixo do uso e abuso da autoridade e da força bruta.
Rosália Amorim

Eu & Margarida (onde se fala de limões sicilianos, plantas de vidro, cartas de amor)
Uma vez, Eu & Margarida fomos visitar uma fabriqueta de limoncello na Costa Amalfitana, dessas a atirar para os turistas que somos, e quem ali nos recebeu era um português, é óbvio, de Benfica e do Benfica, que falava pelos cotovelos e nos mostrou a coisa toda. Na hora de abrir a cuba onde se maceravam os limões em álcool, os vapores que dali vinham deixaram-nos a ambos os dois, Margarida & Eu, mais para lá de etilizados, e por horas estonteados, episódio de somenos, só íntimo nosso, mas que me veio à lembrança ao ler um encanto de livro chamado The Land Where Lemons Grow, o qual, como o subtítulo indica (The Story of Italy and Its Citrus Fruit), é um périplo por Itália através dos seus citrinos. A autora, Helena Attlee, tem uma profissão daquelas, especialista em jardins italianos, e começa por nos falar dos limões dos Médicis, na Toscânia, cultivados como maravilhas raras que são, sem dúvida.
António Araújo

Um pensamento em forma de assim
Conhecemos esse vício cultural muito português em que, por vezes, conscientemente ou não, participamos. Chamemos-lhe a continuada promoção de alguns dos nossos artistas como figuras obrigatórias de uma galeria de "heróis" - sempre que possível para delirante consumo mediático. Os prémios internacionais e, claro, a morte servem para inflacionar tal vício. Exemplo? Em alguns casos, a cegueira militante contra a filmografia de Manoel de Oliveira deu lugar à sua compulsiva e gratuita celebração como "mestre"...
João Lopes

Eufemiza-me
Sabemos que a "operação especial" de Putin é uma invasão. Muito bem. Óptimo. De igual forma, sabemos que a "operação israelita" foi um pelotão de fuzilamento da jornalista na Palestina e até um aviso para não aparecerem mais repórteres. Executar Shireen Abu Akleh com total impunidade só em figura de estilo pode ser classificado como "confrontos" ou "repressão". Da mesma maneira, sabemos que o "direito de resistência" da Finlândia ou da Suécia juntando-se à NATO é mesmo uma declaração de guerra. Talvez irreversível e aniquilando as poucas alternativas restantes. Pois é. Hipocrisias e ingenuidades à parte, não é preciso ser-se versado em Relações Internacionais ou em Negócios Estrangeiros para entender que a comunicação e as interacções entre Estados se regem por interesses e estão subordinadas a uma lógica de poder. Esta guerra na Ucrânia é uma guerra por procuração, um triângulo bélico, tal como assumido pelo próprio secretário da Defesa norte-americano Lloyd Austin.
Joana Amaral Dias

Erros de todos, boa fortuna de alguns, ódio ardente institucional
Reflexão sobre o Acórdão do TC sobre os metadados das operadoras
Jorge Bacelar Gouveia

Política, Ciência e Pessoas
Há uns anos, ainda em funções governativas, fui convidado para uma reunião de diretores de agências nacionais de ambiente e energia dos estados-membros da União Europeia. Recordo o admirável empenho daquelas pessoas na descrição de cenários para a transição energética, apresentando gráficos e curvas quase perfeitas da relação entre a penetração de tecnologias limpas e os benefícios para o ambiente e o clima. A certo ponto, fui interpelado a comentar uma apresentação da Agência Europeia de Energia. A minha intervenção foi, para surpresa dos presentes, sobre pessoas. Defendi a ideia de que competia aos políticos ler as evidências e as interpretações da ciência para formular as opções e tomar as decisões. Mas fui mais longe, ao afirmar que, no fim do dia, seriam as pessoas a decidir.
José Mendes

Os príncipes na torre
A história dos príncipes na torre, um dos maiores mitos medievais de Inglaterra, foi distorcida pelos mistérios que se lhe seguiram e pela propaganda que lhes dedicaram. Tomás Moro, biógrafo de Ricardo III, fez por instaurar unanimidade entre a dinastia que lhes sucedeu. Shakespeare, na peça que eternizou Ricardo de Gloucester enquanto breve rei, foi talvez o maior responsável pelo perpetuar dessa interrogação: o que aconteceu, afinal, aos sobrinhos de Ricardo III, enclausurados na torre de Londres para este se fazer rei? Não se sabe. Os herdeiros de Eduardo IV não terão sobrevivido à ambição do tio, que foi de regente a soberano com a ajuda do Parlamento após a anulação do casamento dos pais. Dois pequenos corpos foram achados numa escadaria empedrada, dois séculos mais tarde, e devidamente enterrados na Abadia de Westminster. Gloucester, coroado Ricardo III, não teve melhor sorte. O reinado duraria dois anos, até à chegada dos Tudor como solução de paz para a chamada Guerra das Rosas. Henrique VII, que inaugurou esse tempo, foi confrontado duas vezes por pretendentes ao trono que se faziam passar por um dos príncipes desaparecidos. O primeiro, derrotado no seu segundo ano, foi perdoado e integrado na corte como cozinheiro, apesar de antes o terem coroado rei na Irlanda. O segundo, igualmente vergado, seria executado. Ambos tentaram aproveitar-se do sumiço dos York, clamando direito ao trono. Ambos reuniram apoiantes nacionais e estrangeiros com tal reivindicação. E ambos perderam em batalha a significância que a tragédia dos dois príncipes lhes havia conferido.
Sebastião Bugalho

Coreanos, e agora?
Entre as eleições presidenciais sul-coreanas de 9 de março, que deram a vitória ao conservador Yoon Suk-yeol, e a tomada de posse em Seul deste na terça-feira passada, participei, em finais de abril, na WJC2022, uma conferência internacional de jornalistas, desta vez por videoconferência, ainda por causa da pandemia da covid-19, mas que em duas edições anteriores me permitiu visitar o país e inclusive ir em reportagem à zona desmilitarizada que o separa da Coreia do Norte desde a sangrenta, mas inconclusiva, guerra de 1950-1953. A diversidade de nacionalidades presentes na conferência (de americanos a russos, de colombianos a papua-novo-guineenses) e a discussão de temas como a manipulação da informação tanto em tempos de paz como de guerra serviram para confirmar a solidez da democracia neste país da Ásia Oriental, que até surge mais bem classificado do que o Japão no recente Index da liberdade de imprensa; ao mesmo tempo, a grande capacidade organizativa ajudou a perceber uma vez mais por que razão as empresas nacionais são tão competitivas nos mercados internacionais que permitem à Coreia do Sul ser hoje a 12.ª economia mundial.
Leonídio Paulo Ferreira

Taiwan, parceiro indispensável no caminho para a recuperação global pós-pandemia
Nestes momentos que temos vivido em pandemia, graças ao controlo com sucesso da pandemia da COVID-19 do Governo Português, a atitude cívica portuguesa e com o melhor trabalho na vacinação mundial, possibilitou ir reconquistando aos poucos uma vida quase igual àquela que tínhamos antes da pandemia. Deixar para trás as restrições apertadas e recuperar interacção social, não só pessoal como também profissional.
Vivia Chang

Investir em Israel
As informações sobre os planos do fundo de investimento privado Affinity Partners, administrado por Jared Kushner, genro do ex-presidente norte-americano Donald Trump, é mais uma prova de que as coisas nunca param no Médio Oriente. Foi noticiado que a Arábia Saudita, do seu Fundo Estatal, contribuiu com 2 mil milhões de dólares para o Fundo e que parte desse dinheiro será usado para investir em algumas start-ups israelitas. Para isso, obviamente, não precisavam de cerimónias de acordos de paz, embaixadas ou grandes reuniões com as mais altas autoridades. Foi feito como algo perfeitamente normal e usual, obviamente aprovado pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita Mohammad bin Salman.
Mirko Stefanovic

O perdão e a génese do religioso
Pergunto-me a mim próprio se a maior revolução na história das religiões não está naquela ordem que Jesus, na continuidade dos profetas, essas figuras colossais da História, coloca na boca de Deus: "Ide aprender o que isto quer dizer: "Eu não quero sacrifícios, eu quero justiça e misericórdia"."
Anselmo Borges

As prisões, a justiça e uma morte
João Rendeiro não terá sabido lidar psicologicamente com a situação com que se viu confrontado, apontam os que acreditam na tese de suicídio. A pressão do julgamento em praça pública, antes da condenação nos tribunais, e, acima de tudo, a passagem de homem todo-poderoso, influente e banqueiro dos ricos a prisioneiro na África do Sul terão levado o português a uma situação limite que culminou na sua morte. Aos 69 anos, e confrontado com um total acumulado que poderia ir além de uma década de cadeia, viu o fim da vida decretado antes de o próprio o ter decidido. Mais: a advogada terá dito que iria deixar de o representar (ainda não se conhecem as razões), terá sido ameaçado por diversas vezes na cadeia, conforme relatou, e a prisão teria más condições para acolher os reclusos.
Rosália Amorim

Interrogações europeias dentro da tempestade
Antero de Quental foi convidado em 1890 a presidir à Liga Patriótica do Norte, quando muitos portugueses, intoxicados pelos vapores de um nacionalismo senil, queriam declarar guerra ao Império britânico por causa do Ultimato. Como é apanágio dos grandes espíritos, que não têm medo de ficarem sozinhos perante a unanimidade irrefletida das turbas, Antero, em vez de esconjurar a "pérfida Albion", escreveu no seu Manifesto: "O nosso maior inimigo não é o inglês, somos nós mesmos. Só um falso patriotismo, falso e criminosamente vaidoso, pode afirmar o contrário (...) Não é com canhões que havemos de afirmar a nossa vitalidade nacional, mas com perseverantes esforços da inteligência e da vontade, com trabalho, estudo e retidão." (Expiação, 1890). Na passagem de mais um Dia da Europa, nem o facto de estarmos mergulhados numa guerra europeia cujo centro de gravidade se encontra, como no passado, em Moscovo e Washington, levou os discursos oficiais a um pouco de "retidão" autocrítica. Prevaleceu a linha oficial de autocomplacência. Apologias frente ao espelho, temperadas com algumas ideias soltas de Macron, ainda menos pertinentes do que as apresentadas em 2017.
Viriato Soromenho-Marques

Transição climática: Custo ou oportunidade?
O compromisso das empresas e governos com a transição climática tem vindo a acelerar, contudo, o objetivo final é exigente, requerendo importantes esforços para ser alcançado. O caminho para a neutralidade das emissões traz desafios significativos à escala global, e implicará uma importante transformação económica.
Bruno Esgalhado

O erro de Adam Smith
Temos vivido, nos dois últimos séculos, debaixo de um modelo de liberalismo muito baseado na ideia de Adam Smith de que se cada um fizer aquilo que mais o beneficia, a sociedade registará um maior desenvolvimento e as pessoas viverão melhor.
Bruno Bobone

Ucrânia: quais os deveres da China?
No início da semana, Olaf Scholz reuniu-se por videoconferência com Xi Jinping. Um dia depois, foi a vez de Emmanuel Macron. Imagino que houve acerto de posições entre os dois líderes europeus, apesar do encontro presencial entre ambos só ter tido lugar umas horas após a reunião virtual do chanceler alemão com o presidente chinês. Xi Jinping está convencido que o reforço da unidade europeia permitirá, a prazo, uma maior autonomia da Europa em relação aos EUA. Por isso, deve ter comparado as intervenções de Scholz e Macron, para ver se vão no mesmo sentido, quanto ao essencial.
Victor Ângelo

Moulay Hassan, o Príncipe Herdeiro de Marrocos
Aviso prévio aos especialistas, "Moulay" significa Príncipe, não sendo nome. É título!
Raúl M. Braga Pires

O que define uma família?
O que define uma família? Serão os laços biológicos ou os afetos? A casa onde vivem ou a cor da pele? E será que os adultos e as crianças têm diferentes definições de família?
Rute Agulhas

O futuro da Europa
De que precisa a União Europeia para assegurar o seu futuro?
Maria Manuel Leitão Marques

Putin. Entrada de leão e saída de…?
Agora que passaram mais de dois meses sobre a guerra na Ucrânia é um exercício muito interessante comparar os dois discursos centrais de Vladimir Putin. O que proferiu, imediatamente, antes de 24 de Fevereiro e o de 9 de Maio, na Praça Vermelha.
António Capinha

Toda a verdade e só a verdade
A prática administrativa dos serviços públicos continua a apresentar diversos momentos e passos processuais que, usando tempo das pessoas, provavelmente não se justificam para além da sua memória histórica. Ou, pior, fundamentam-se apenas na dependência financeira do Estado e na sua necessidade de cobrar taxas ou na adoção de estilos de trabalho estruturalmente pouco respeitadores do tempo dos demais.
Miguel Romão

A soberania é para usar, não para delegar
A adesão da Finlândia à NATO está na ordem do dia. Será motivo para preocupação? Na ótica do Presidente da República não é. É sim um "motivo de reforço de solidariedade europeia". A Rússia já veio dramatizar e considerar uma ameaça a junção da Finlândia à NATO. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que "tudo isto será analisado" e requer "uma análise especial e desenvolvimento das medidas necessárias para equilibrar a situação e garantir a segurança da Rússia".
Rosália Amorim

Uma visão moderna e inconformista
Apesar das promessas dos potenciais avanços milagrosos decorrentes do célebre Plano de Recuperação e Resiliência, não é difícil de perceber que o Governo do Partido Socialista pretende dar continuidade à política de gestão corrente e serviços mínimos que tem mantido o país estagnado na cauda da Europa. Face ao imobilismo que o PS cultiva e acarinha na sua ação governativa, é desejável que o Partido Social Democrata exerça uma oposição dinâmica, que venha a ser percecionada como uma alternativa séria, mobilizadora dos social-democratas, e, a médio prazo, capaz de conquistar os corações e as mentes dos portugueses.
Lina Lopes
