Ministra do Trabalho destaca "maior redução num ano da taxa de pobreza"
Peso da população com rendimentos mensais abaixo dos 551 euros caiu para 16,4% em 2022 face ao ano anterior. Ana Mendes Godinho confiante que o país vai atingir as metas da estratégia de combate à pobreza de 2030.
A taxa de pobreza em 2022 caiu dois pontos para 16,4% face ao ano anterior, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatítica (INE). Em conferência de imprensa, a Ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, assinalou que esta é "a maior redução num ano da taxa de pobreza". "É importnte porque reflete-se em todos os grupos da população: nas crianças, nos adultos em idade ativa, nos idosos, nos reformados, nos trabalhadores e desempregados", sublinhou.
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Para a governante "estes números são históricos do ponto de vista da capacidade coletiva para a redução da pobreza e refletem a retoma da trajetória positiva de melhoria dos rendimentos, das condiçoes de vida e de combate à pobreza, depois do ano difícil de combate à pandemia".
Segundo o INE, a taxa de risco de pobreza correspondia, em 2021, à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos (por adulto equivalente) inferiores a 6 608 euros (551 euros por mês).
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Em jeito de balanço, Ana Mendes Godinho afirmou que "todos os agregados refletem uma redução da pobreza desde 2015 excecionado ano da pandemina".
"Nas famílias com três ou mais crianças é importante a redução da taxa, que baixou para metade face a 2015", acescentou.
Quanto à taxa de risco de pobreza ou exclusão, a ministra sublinhou também "o resultado histórico": "baixou de 22,4 para 19,4%, sendo a maior redução de sempre". E concretizou: "Temos menos 300 mil pessoas em risco de pobreza ou exclusão face a 2021 e menos 735 mil pessoas face a 2015".
Considerando que "não fatalismos nem diabos", Ana Mendes Godinho acredita que se o país "mantiver este ritmo de recuperação é possível cumpri as metas da estratégia de combate à pobreza para 2030".
A governante salientou que o governo tem "medidas fortes seja no acordo de competitividde de valorização dos salários seja na agenda do trabalho digno", que conta que seja aprovada este mês pelo Parlamento, e recordou a atualização do complemento solidário para idosos, que vai subir 50 euros este ano, a prestação social para a inclusão, o rendimento social de inserção, que vai aumentar 10,3% para 209,11 euros, e o abono de família, cuja prestação média irá crescer 77%.
A ministra não descartou, contudo, a necessidade de implementar novos apoios perante um cenário de crise inflacionista: "Continuamos com a nossa missão e foco em estar a acompanhar a situação, colocando medidas extraordinárias, continuamos este caminho de leitura do terreno, avaliando as medidas necessárias".