Governo admite aumento salarial com retroativos a janeiro
Carreiras que estiveram congeladas vão progredir mais rápido ao fim de seis pontos em vez dos atuais 10, o que permitirá antecipar em quatro anos, em média, a valorização remuneratória, revelou ainda a presidente da Frente Sindical liderada pelo STE.
O governo admite que o novo aumento salarial de 1% na Função Pública tenha efeitos retroativos a 1 de janeiro, revelou Maria Helena Rodrigues, presidente da Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e Entidades com Fins Públicos (STE), no final de mais uma ronda negocial com a secretária de Estado da Administração Pública que está a decorrer esta quarta-feira na Presidência do Conselho de Ministros.
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"O governo não fechou a porta a retroativos", sinalizou a dirigente sindical. Contudo, ressalvou que a "ainda não obteve uma resposta positiva" por parte do executivo.
Recorde-se que a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que tutela a Administração Pública, já tinha afirmado, durante o briefing do Conselho de Ministros que aprovou esta medida, que os novos aumentos iriam ser aplicados a partir de abril. No enanto, mostrou também disponibilidade para negociar com as estruturas sindicais.
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Quanto a eventuais perdas no rendimento líquido por via do aumento da retenção na fonte provocada pelo novo incremento salarial, Maria Helena Rodrigues garantiu que "o governo vai acautelar que esta atualização que não seja consumida pelas tabelas de retenção de IRS".
Salomé Pinto é jornalista do Dinheiro Vivo.