Chineses proibidos de ser acionistas da TAP

Autoridade Nacional da Aviação Civil vai limitar o grupo chinês HNA ao papel de financiador, afastando-o da estrutura acionista

O regulador da aviação não permite que o grupo chinês HNA seja acionista da TAP, estando limitado ao papel de financiador. De acordo com o Expresso, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que está a avaliar os pressupostos da entrada de 120 milhões de euros na TAP - injetados pelo consórcio Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa - só possibilitará que os chineses da Hainan Airlines, o gupo HNA, sejam financiadores da TAP em operações de entrada de capital.

O grupo chinês HNA comprou recentemente 23,7% da transportadora brasileira Azul por 427,8 milhões de euros, avaliando a empresa em mais de 1,76 mil milhões de euros. O negócio fez da Azul uma das companhias aéreas mais caras do Brasil e ofereceu a David Neeleman, o dono da companhia, maior liquidez para injetar capital na TAP. O empresário, que tem nacionalidade brasileira, é sócio de Humberto Pedrosa na Atlantic Gateway, que comprara 61% do capital da TAP, e que agora viu a sua participação ser reduzida para os 45% pelo Governo de António Costa.

Todas as alterações acionistas na TAP terão de ser previamente aprovadas pela ANAC, que já obrigou a mudanças nos acordos entre Neeleman e Pedrosa para adequar a situação acionista da TAP à legislação europeia.

Segundo o Expresso, a ANAC encarará o Grupo HNA como um mero financiador, "sem possibilidade de converter um eventual crédito em capital da TAP", ou seja, estando impedido de ser acionista da companhia portuguesa. Segundo o memorando assinado com o Governo a 6 de fevereiro deste ano, a Atlantic Gateway fica com 45% do capital da TAP, podendo chegar aos 50% com a aquisição do capital à disposição dos trabalhadores. O Estado não poderá comprar a fatia dos trabalhadores.

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