CEO da TAP contratou amigos franceses com salários "mais caros", acusa Alexandra Reis
A CEO da TAP terá recorrido à contratação no estrangeiro para preencher vários cargos de direção na TAP pagando valores acima dos praticados na companhia. Algumas dessas pessoas eram próximas da presidente executiva da companhia revelou esta quarta-feira, 5, Alexandra Reis.
"Foram contratados antes a minha saída pessoas que não tem nacionalidade portuguesa e que têm de mudar a sua vida para Portugal o que tem custos extra, e implica subsídios para a casa e deslocação", revelou a antiga administradora, que está a ser ouvida esta tarde na comissão parlamentar de inquérito à TAP (CPI).
Alexandra Reis disse que estes profissionais eram de regiões como o Reino Unido, a França ou América do Sul. "Alguns diretores para algumas áreas, eram transparentes no tipo de relação que tinham com a CEO", explicou, detalhando que eram sobretudo "os franceses" que se assumiam com uma maior proximidade da CEO.
Já sobre os salários, a ex administradora garante que eram avultados. "Tendencialmente os novos recrutamentos foram sempre mais difíceis de fazer e eram mais caros. Os cortes tornavam a TAP menos atrativa e num contexto de competição internacional é assim que funciona", concluiu.