Dinheiro
20 junho 2021 às 22h54

4 mestrados portugueses entre os melhores do mundo

A ISCTE Business School voltou a integrar o ranking do Financial Times. A Nova SBE é, de novo, a universidade portuguesa com melhor classificação, no 14.º lugar

São quatro as universidades portuguesas que integram a lista dos melhores mestrados em Finanças do mundo. A ISCTE Business School, que no ano passado esteve ausente, volta a integrar a edição de 2021 do ranking do Financial Times, no 51.º lugar. A melhor representante nacional é, mais uma vez, a Nova SBE que ocupa a 14.ª posição, numa listagem cujo top 5 é composto, exclusivamente, por escolas francesas.

Além de "cimentar" a sua posição no top 15 da tabela, na edição deste ano, a Nova School of Business & Economics (Nova SBE) é, ainda, a 13.ª melhor escola a nível europeu. Obtém uma "pontuação consistente" na generalidade dos critérios avaliados, destacando-se no top 10 no indicador Experiência internacional, que avalia os estágios internacionais e os intercâmbios semestrais, em que é a 5.ª melhor escola nível mundial e europeu. É a 11.ª, a nível mundial e europeu, em Mobilidade internacional e a 16.ª escola mundial no critério Custo-benefício (13.ª a nível europeu). O salário estimado registou um "importante aumento", passando dos 77.846 dólares anuais, de 2020, para 90 mil no ranking de 2021. São mais de 75 mil euros de rendimento anual potencial.

A segunda melhor universidade portuguesa nesta área é a Católica-Lisbon, que subiu três posições e tem agora o 23.º melhor mestrado em Finanças do mundo. Foi a única das portuguesas a subir na tabela e ocupa a 7.ª posição a nível mundial, em termos de progressão na carreira dos seus graduados, que conseguem aumentar em 57% o seu salário médio nos primeiros três anos - e 94% deles consegue emprego até três meses após o final do mestrado.

Já o ISEG Lisbon School of Economics and Management, que se estreou no ano passado neste ranking, com uma entrada direta para a 31.ª posição, ocupa, neste ano, o 35.º lugar. Mas o mestrado do ISEG proporciona aos seus graduados o "quinto aumento salarial mais elevado do mundo (+77%) e a oitava melhor relação custo-benefício", permitindo aos estudantes uma "rápida recuperação" do investimento realizado.

Destaca a universidade que o nível de satisfação dos graduados com os serviços de aconselhamento, pesquisa de estágios e recrutamento, entre outros, "coloca o Gabinete de Carreiras do ISEG como o melhor em Portugal e o 12.º a nível mundial". Em termos de satisfação global com o mestrado, o ISEG obteve a segunda melhor classificação em Portugal, com 9,06 em 10, só ultrapassado pelos 9,14 da Nova SBE. A média total do ranking fica-se pelos 8,91.

Por fim, o ISCTE ocupa a 51.ª posição da tabela, graças às boas classificações obtidas em critérios como a empregabilidade e diversidade. Indica o Financial Times que 100% dos estudantes do mestrado em Finanças do ISCTE conseguem emprego três meses após o fim do curso, uma percentagem equivalente à do ISEG. Na Nova SBE essa parcela é de 97% e de 94% na Católica. O ISCTE é, também, das quatro escolas de negócio portuguesas listadas a que tem o maior peso de mulheres no corpo docente, com 48%. A Católica tem 45%, o ISEG 38% e a Nova 33%.

O Ranking Masters in Finance 2021 Financial Times avalia e lista os 55 melhores mestrados em Finanças do mundo, através de 17 indicadores distribuídos por três áreas específicas: progresso de carreira dos graduados, diversidade da escola e investigação e experiência internacional.

Com quatro escolas, Portugal é o terceiro país do mundo mais representado no ranking, a par com os EUA e Espanha. Nos dois primeiros lugares surgem o Reino Unido, com 15 escolas, e França, com nove, cinco das quais no top 5 da tabela, liderada pela HEC Paris. Seguem-se a ESCP Business School, a Skema Business School, a Essec Business School e a Edhec Business School.

jornalista do Dinheiro Vivo