O reduzido impacto no clima explica, por isso, por que a Comissão Europeia já alocou 5,8 mil milhões de euros para a infraestrutura ferroviária em todo espaço comunitário. Mas ainda antes de Bruxelas designar 2021 como o Ano Europeu do Transporte Ferroviário, boa parte dos países já arrancara com os seus planos para reforçar a rede. Alemanha cortou, no início de 2020, 10% nas tarifas ferroviárias de longa distância e baixou o IVA de 19% para 7%. A italiana Trenitalia prepara-se para operar em França e a francesa Ouigo, filial da SNCF, entrou, em maio, no mercado espanhol, acabando com 80 anos do monopólio da Renfe. Portugal, também apanhou a carruagem, ao anunciar no final de janeiro ao Parlamento Europeu a conclusão da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid para dezembro de 2023.