Dinheiro
06 fevereiro 2023 às 00h04

Babysitters em Portugal ganham abaixo da média global

Lisboa é a cidade onde o custo de serviços de babysitting é mais elevado. Já Coimbra e Viseu apresentam os preços mais baixos

Inês de Almeida Fernandes

O custo dos serviços de babysitting em Portugal aumentou em 2023 cerca de 0,66 euros para 6,60 euros por hora, contra os 5,49 euros do ano anterior (mais 20%), mas o país está abaixo da média global dos preços praticados (8,25 euros/hora). Os dados foram divulgados pela plataforma online Babysits, que conta atualmente com 14 mil profissionais e 1400 famílias ativas.

As babysitters ganham, em média, 6,60 euros por hora, contudo, o valor médio deste tipo de serviços pode variar consoante a localidade, sendo Lisboa a que apresenta um custo mais elevado com 6,88 euros por hora, seguindo-se Faro com 6,87 euros e o Porto com 6,61 euros. As cidades com preços mais baixos são Coimbra com valor por hora de 6,26 euros e Viseu com 6,27 euros.

Além da localização, há outros fatores que podem alterar os valores que estas profissionais recebem, nomeadamente o número de crianças de que devem tomar conta, se lhes são pedidas atividades especiais como cozinhar, realizar tarefas domésticas ou ajudar com os trabalhos de casa.

As idades das crianças também pesam no final de contas, uma vez que as crianças mais novas precisam de mais cuidados e muita supervisão, enquanto as mais velhas ou adolescentes já são mais independentes na realização de tarefas. Contudo, o valor do serviço acaba sempre por ser negociado diretamente com a babysitter de acordo com as necessidades das famílias.

Portugal está abaixo da média global dos preços praticados (8,25 euros/hora), embora a taxa mais baixa na Europa seja de 4 euros por hora. Já a Suíça, a Dinamarca e a Austrália estão entre os países que melhor pagam às babysitters, apresentando valores médios de 18,78 euros, 15,39 euros e 14,72 euros por hora, respetivamente.

Em comparação com os Estados Unidos, Portugal não demonstra hábitos tão fortes em termos de recorrer a babysitters, mas o panorama parece ter vindo a alterar-se nos últimos três anos.

De acordo com Maria Nunes, community manager da Babysits em Portugal e no Brasil, a plataforma chegou a território nacional em 2019, mas se já não bastava a entrada num novo mercado, o ano seguinte ficou marcado pela pandemia. "Em 2020 tivemos apenas 1200 novas inscrições, uma vez que as famílias estavam em casa e não necessitavam do serviço", explica.

O grande crescimento da atividade em Portugal aconteceu em 2021, ano em que a plataforma online angariou 35 mil novos registos, número que "aumentou ainda mais em 2022".

Através da Babysits as famílias podem escolher profissionais que falem outras línguas, que possam ajudar a preparar comida ou lidar com as tarefas domésticas. Segundo a community manager da plataforma, o auxílio com as refeições é o "mais pedido" pelas famílias em Portugal.

Texto editado por Teresa Costa