Dinheiro
31 maio 2023 às 15h11

Afinal o corte nas pensões antecipadas sobe para 15,2% este ano

E a idade da reforma aumenta, em 2024, quatro meses para 66 anos e oito meses, mais quatro meses face ao regime atual que está nos 66 anos e quatro meses, segundos os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Salomé Pinto

(Há uma atualização a esta notícia: o governo decidiu manter o corte no mesmo valor, apesar do relatório do INE. LER AQUI). Afinal, as reformas antecipadas atribuídas este ano, desde janeiro, vão levar um corte de 15,2%, pela aplicação do fator de sustentabilidade, segundo o relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as tábuas de mortalidade divulgado esta quarta-feira. Trata-se de um agravamento significativo de 1,4 pontos percentuais face aos dados provisórios de novembro do ano passado que indicavam que aquela redução se situaria nos 13,8%. Esta disparidade resulta sobretudo da nova informação recolhida pelo INE dos Censos de 2021.

"A diferença entre o valor provisório da esperança de vida aos 65 anos para 2020-2022, divulgado em novembro de 2022, de 19,30 anos, e o valor agora revisto, de 19,61, corresponde a 0,31 anos, ou seja, 3,66 meses", indica o INE. Para calcular o fator de sustentabilidade, é preciso dividir o índice da esperança média de vida aos 65 anos de 2000 (16,63%) pelo valor apurado agora (19,61), subtraindo 1 e multiplicando depois por 100, o que dá 15,2%.

Uma vez que este corte tem impacto nas pensões antecipadas atribuídas desde janeiro, o DN/Dinheiro Vivo questionou o Ministério do Trabalho se irá recalcular as prestações atribuídas, descontando o valor pago a mais, e de que forma, estando a aguardar resposta.

Leia mais em Dinheiro Vivo a sua marca de economia