As construtoras estão longe de conseguir suprir as elevadas necessidades de mão-de-obra. A procura por profissionais qualificados disparou com a recuperação económica do país após a crise de 2011, mas o mercado de trabalho não consegue dar resposta à demanda. Atualmente, a construção é a atividade económica nacional onde o défice de trabalhadores é mais sentido, com 89% das empresas a reconhecer ter dificuldades em recrutar, revela o último estudo da Manpower sobre escassez de talentos. Esta carência - a AICCOPN (associação das indústrias de construção) estima que são precisos 80 mil empregados - deverá agudizar-se nos próximos anos, com a execução dos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) que os países europeus estão a pôr em marcha. Em Portugal, as obras do PRR podem ficar em causa. E a promoção imobiliária já antevê sérios problemas no avanço de novos projetos.