A vitória na etapa não foi o único motivo para o belga festejar. Wout van Aert foi eleito "por unanimidade" o ciclista mais combativo da prova, um prémio extra para o ciclista, que no domingo subirá ao pódio como vencedor da classificação por pontos - 480, um recorde depois da reformulação de 2015.
Principal figura deste Tour, pela sua omnipresença, o incrível Van Aert viu a sua espetacularidade premiada, ao ser escolhido, pelo júri e pelo público, antes mesmo de vencer o contrarrelógio de ontem. O belga sucede ao francês Franck Bonnamour, que, no ano passado o tinha derrotado nos votos do público, depois de ficarem empatados nos votos do júri.
No prémio de combatividade, istituído no Tour em 1952, WVA superou a concorrência do esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates). O belga de 27 anos subirá, assim, duas vezes ao pódio nos Campos Elísios, para ser distinguido como o corredor mais combativo e como portador da camisola verde, uma classificação na qual também já entrou na história.
Domingo, Vingegaard parte para a etapa de consagração da 109.ª edição da Volta a França em bicicleta, uma ligação de 115,6 quilómetros entre a zona parisiense de La Défense e o coração dos Campos Elísios, com 03.34 minutos de vantagem sobre Pogacar, o vencedor das últimas duas edições, e 08.13 sobre Geraint Thomas (INEOS), o campeão de 2018 e vice de 2019 que vai regressar ao pódio final como terceiro classificado.
O dinamarquês elegante como lhe chamam pelas atitudes de grande desportivismo - uma delas neste Tour, quando na 18.º etapa esperou pelo grande rival Pojacar, quando ele caiu e se atrasou na corrida - só tem de chegar a Paris para vencer a Grande Boucle. "[A vitória no Tour] significa tudo. É realmente incrível. É difícil para mim descrevê-lo em palavras. É a maior vitória no ciclismo. E nós conseguimos", começou por dizer o emocionado camisola amarela, que tinha a mulher a filha à espera dele na meta: "Tê-las na meta significa ainda mais para mim."