"Vai ser ano da afirmação do Miguel", garante pai Veloso
Miguel Veloso marcou dois golos pela primeira vez, frente ao Pescadores da Caparica, e o pai espera que repita já no sábado, pese embora ser frente ao 'seu' Benfica; Tiago adivinhou o primeiro golo do camisola 24 e recebeu dedicatória
Dormiu até ao meio-dia, almoçou com a família, depois foi passear e ver uns amigos, e voltou a casa por volta das 19.00 para mudar de roupa e ir para o Casino do Estoril, para assistir à Gala dos Leões de Portugal. Foi assim que Miguel Veloso passou o dia de folga, após marcar dois golos ao Pescadores da Caparica, na Taça de Portugal. "Foi bom, não é todos os dias que se marcam dois golos, eu não me lembro de ele ter bisado nem nos juniores. Foi bom não só para ele como para o Sporting", disse ao DN o pai, António Veloso.
E se ele marcar no dérbi com o Benfica, no sábado, no Estádio José Alvalade? "Se ele marcar eu vou festejar, não é segredo que torço pelo Miguel. Sou do Benfica e gosto muito do Benfica, mas adoro o meu filho e vou torcer por ele no dérbi. Se alguém tem de marcar que seja ele", respondeu sem hesitar o ex- jogador encarnado.
O camisola 24 dos leões marcou um golo de livre directo - dedicado ao guarda-redes Tiago, que tinha adivinhado tal façanha - e o outro numa jogada corrida a aparecer na grande área e quando jogava a lateral esquerdo. "Já vem sendo hábito ele jogar em mais do que uma posição e tem cumprido. Na minha opinião acho que saltar de uma posição para a outra no mesmo jogo pode afectar o rendimento, não será o mesmo porque tem de se adaptar a realidades diferentes", disse.
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Veloso garantiu ainda que nunca ouviu o filho dizer que não queria jogar a defesa. "A polémica foi criada na imprensa, eu só por uma vez, no final da época passada e porque lho perguntaram, o ouvi dizer que não gostava de jogar a lateral esquerdo. Mas não gostar é uma coisa e não querer é outra", lembra o pai, para quem Miguel é, acima de tudo, "bom profissional".
A subida de rendimento nada tem a ver com a saída de Paulo Bento, garante o ex-jogador do Benfica. "Na época passada, ou era o cabelo, ou o sorriso, ou a vida privada, ou qualquer outra coisa... não o deixavam em Paz. Isso afectou o nível de confiança dele e abalou as exibições. Este ano começou bem, já andava jogar bem com o Paulo Bento, mas agora com o Carlos Carvalhal é normal os jogadores querem mostrar serviço e ganhar a confiança do treinador", disse, na certeza de que "esta vai ser a época de afirmação do Miguel".