Jesus festejou em Alvalade tantos golos como nos outros sete jogos fora de casa

Eduardo vai à selecção como o guardião menos batido da Liga. Paulo Bento assistiu a uma pobre exibição do seu sector atacante.

Jorge Jesus cumpriu ontem a promessa de chegar a Alvalade e jogar para… ganhar. Venceu o desafio no plano estratégico (a 15' do fim lançou Matheus e obrigou à substituição de Abel por Pedro Silva, com o Braga a fazer os dois golos da vitória pelo lado esquerdo…) e… estatisticamente, pois ontem os arsenalistas fizeram em Lisboa tantos golos como nos anteriores sete jogos discutidos fora de casa.

O Sporting, que só tinha quatro tentos sofridos em Alvalade, ainda lançou a esperança nos seus adeptos quando Izmailov marcou em tempo de descontos e quando Paulo Bento dava sucessivas indicações ao russo para trocar de corredor com Vukcevic. O montenegrino recuou para o meio-campo depois da entrada de Tiuí (aos 60') mas cinco minutos depois desta substituição Jesus respondeu com a saída do homem que fez o primeiro tento, dando o primeiro sinal da atenção que prestava aos espaços que os leões iam deixando na retaguarda na desesperada tentativa de chegar ao empate.

Clarividente no banco, Jesus ainda viu Alan (70') e Rentería (89') desperdiçarem excelentes situações, em contraste com Bento, que excepção feita a um remate de Rochemback aos 64' assistiu a uma exibição pobre do seu sector atacante.

Nesse período, a equipa da casa não conseguiu mostrar-se perigosa para Eduardo, apesar de a defesa bracarense ter actuado numa linha muito baixa. O défice de imaginação entre os lisboetas permitiu ao onze de Jesus ter zonas de superioridade numérica no flanco direito, provavelmente aquele que despertava maiores preocupações defensivas ao treinador arsenalista. Alan, o interior-direito, nem estava no onze original mas a súbita indisposição de Frechaut permitiu ao ala ser titular e confrontar-se com a técnica de Izmailov, jogador que dá "largura" ao meio-campo leonino. Aliás, Paulo Bento, oferecendo a titularidade a Pereirinha, desejou sempre ter um sistema mais clássico e assim fugir ao losango que certamente teria merecido todas as abordagens por parte de Jorge Jesus. O problema para o Sporting é que o Braga tinha uma "surpresa" estratégica, a qual passava pela colocação de Meyong atrás de Rentería, proporcionando, desta forma, o quinto elemento ao meio-campo forasteiro.

Com o corredor central "inflacionado" pelo recuo do camaronês, os visitantes ficaram em melhores condições para fazer a chamada pressão alta, estratégia que perturbou muito a saída para o ataque do Sporting . Os passes errados sucederam-se e convidaram aos perigosos contra-ataques de Rentería, situação que nem a entrada de Miguel Veloso (para lateral-esquerdo…) resolveu. |

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