Carlos Queiroz dispensou Edgar Borges e Carlos Dinis

Renovação e transformação foram as razões invocadas por Carlos Queiroz para prescindir dos serviços dos ainda seleccionadores sub-17 e sub-18. Carlos Dinis já tinha sido despedido por Queiroz no Sporting há sensivelmente 15 anos.

Carlos Dinis e Edgar Borges, respectivamente, seleccionadores sub-18 e sub-17 da Federação Portuguesa de Futebol foram informados na terça-feira à tarde de que a federação não iria renovar os contratos, de periodicidade anual, no final dos mesmos, ou seja, em Junho.

Segundo o DN soube, a situação vivida nas reuniões individualizadas com os dois técnicos foi tensa, com Carlos Queiroz a justificar as suas decisões. Renovação e transformação foram as palavras utilizadas pelo seleccionador nacional para justificar a medida.

Carlos Dinis foi dispensado, pela segunda vez por Carlos Queiroz, já que quando este foi contratado por Sousa Cintra, na altura presidente do Sporting, uma das decisões que tomou quando quis dar uma nova orientação à política do futebol leonino passou por prescindir o então treinador dos juniores, precisamente Carlos Dinis.

Este último técnico estava há 12 anos na Federação Portuguesa de Futebol, ao passo que Edgar Borges servia aquela entidade há oito temporadas consecutivas.

Segundo o DN apurou, a decisão de Carlos Queiroz apanhou a estrutura federativa completamente de surpresa, pois não era crível que surgisse uma alteração no quadro de treinadores dos escalões jovens da federação.

Até ao final dos respectivos contratos, por exemplo, Carlos Dinis vai ainda orientar a selecção sub-18 no final deste mês no Torneio Internacional de Lisboa. Este foi um ano com poucos compromissos para os sub-18, que se preparavam para discutir a fase de qualificação do Europeu sub-19, que, por sua vez, dá acesso ao Mundial sub-20.

Já Edgar Borges falhou o acesso ao Europeu sub-17 que se está a realizar, actualmente, na Alemanha.

Neste momento ainda não há qualquer ideia de quem vão ser os sucessores de Carlos Dinis e Edgar Borges, porém, fontes contactadas pelo DN adiantaram que antigos futebolistas, com passado no futebol português, encaixam no perfil delineado pela estrutura técnica federativa, em especial pelo seleccionador nacional Carlos Queiroz.

Ainda assim, este é um processo que não está fechado, longe disso, já que os dirigentes federativos entendem que o passado dos dois técnicos dispensados precisa de ser respeitado até final dos respectivos vínculos.

Por definir fica ainda o timing do anúncio por parte da Federação Portuguesa de Futebol da não renovação dos contratos de Carlos Dinis e Edgar Borges, uma situação que, ao que soube o DN, está nas mãos do presidente Gilberto Madaíl e que pode ser tornada pública apenas depois do estágio de preparação da selecção nacional que se realiza entre 27 e 29 deste mês e ainda após o encontro com a Albânia, a contar para a fase de qualificação para o Mundial 2010 e que Portugal tem de vencer a todo o custo, sob pena de falhar a presença na fase final do evento que se vai realizar na África do Sul - o jogo em Tirana é uma das cinco finais até ao fim da fase de qualificação que a selecção nacional necessita, arduamente, de vencer para alimentar o sonho do apuramento.

O DN tentou contactar os visados, Carlos Dinis e Edgar Borges, assim como Carlos Queiroz e o assessor de imprensa da Federação Portuguesa de Futebol, Onofre Costa, contudo as referidas tentativas tornaram-se infrutíferas.

Uma coisa parece certa, as mudanças na federação prometem não ficar por aqui.

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