Roberto Martínez não revela sistema, mas anuncia os três capitães

O selecionador nacional de Portugal, Roberto Martínez, explicou esta quarta-feira que o guarda-redes Diogo Costa, foi dispensado devido a um "problema num ombro" e que decidiu "não arriscar" manter o portista no grupo para os jogos com Liechtenstein (quinta-feira) e Luxemburgo (domingo), no arranque da qualificação para o Euro 2024.

"Num período tão curto, precisávamos de um pouco de apoio na baliza. Por isso, decidimos trabalhar com os nossos sub-21 e chamar o Celton Biai, para apoiar na dinâmica de treino", explicou o selecionador nacional, sem dizer quem vai para a baliza.

Martínez anunciou ainda que vai manter Cristiano Ronaldo como capitão e que nestes dois jogos vai seguir o critério das internacionalizações e destacar Rui Patrício e Bernardo Silva como capitães na ausência de CR7: "De momento, os mais experiência serão os que vão capitanear a seleção. O Cristiano Ronaldo, Rui Patrício e o Bernardo Silva serão os capitães. A partir daí é importante que nos centremos no jogo. É um jogo de qualificação, só temos dez e não há margem de erro."

No futuro, o técnico, que se vai estrear por Portugal, frente ao Liechtenstein, em Alvalade (quinta-feira, 19.45), pode promover a entrada de mais três jogadores no grupo dos capitães.

Sobre o papel de Cristiano Ronaldo na equipa, Martínez relembrou o que disse na apresentação. "Para mim o importante é o grau de compromisso de todos. Cristiano Ronaldo é muito importante em qualquer novo ciclo em que podes utilizar a sua experiência. Não vou comentar como estavam antes, mas estes três dias foram uma surpresa muito agradável, não pela qualidade que é clara, mas pelo grau de atitude e o querer ser equipa", disse o espanhol.

Sobre o sistema que vai utilizar e se os três centrais são uma opção, é esperar para ver: "Jogar com três centrais depende do adversário, podemos defender com linha de cinco ou de quatro. Por isso, era importante começar com jogadores experientes que se podiam adaptar. É importante poder variar a estrutura de jogo para jogo e também durante o jogo."

O adversário não assusta, mas é preciso respeitá-lo. "Sabes que vamos encontrar uma seleção muito motivada por jogar com alguém como nós. Temos de ter as coisas claras e saber como encontrar os espaços e evitar que no contra-ataque e nas bolas paradas nos criem perigo. Temos de ter as coisas claras e exigir um nível físico alto para poder romper uma organização defensiva tão rígida", defendeu, "convicto" que dará alegrias aos portugueses.

E sem dar pista sobre o onze que utilizará na estreia e sobre se pode apostar em Gonçalo Ramos ao lado de Ronaldo, Martínez elogiou o papel do capitão. "Um novo ciclo com Cristiano Ronaldo faz de nós melhores. As decisões futebolísticas e desportivas vou tomar em campo. Todos os jogadores estão para acrescentar, temos dois jogos num espaço curto de tempo e agora é momento de ajudar a seleção a ser melhor. O grau de atitude dos jogadores surpreendeu-me, há amor e carinho pela seleção e, a partir daí, é mais fácil tomar as decisões", contou Roberto Martínez, explicando que jogar com um ou dois avançados "depende do adversário, do momento do jogo e da necessidade da equipa".

Porque ele que uma "equipa flexível" e "Portugal tem capacidade para jogar em todos os estilos. Para jogar mais próximo do tiki-taka ou um jogo mais físico": "Queremos ter bola, recuperar rápido quando perdermos a posse, por isso vamos ter uma exigência física muito grande."