Bryan Lochte muda versão sobre alegado assalto
A polícia brasileira queria ouvir o nadador norte-americano, mas este já está nos EUA, onde deu uma entrevista
O nadador norte-americano Bryan Lochte, investigado pela justiça brasileira devido a um alegado assalto que diz ter sofrido no domingo passado, alterou a sua versão dos acontecimentos, numa entrevista ao canal NBC.
Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger, companheiros na seleção dos Estados Unidos de natação, que participaram nos Jogos Olímpicos Rio2016, alegaram que foram vítimas de um assalto à mão armada por homens que se fizeram passar por polícias, mas uma investigação inicial deixou dúvidas quanto à versão apresentada, nomeadamente devido aos testemunhos contraditórios dos atletas e ao facto de um vídeo da sua chegada à Aldeia Olímpica divulgado pelo Daily Mail contrariar as suas declarações.
Já nos Estados Unidos, Lochte contou à NBC uma versão ligeiramente diferente da inicial, aumentando as dúvidas sobre o sucedido.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
O nadador, de 32 anos, diz agora que o assalto não terá ocorrido quando o grupo se dirigia para a Vila Olímpica, mas sim numa bomba de gasolina.
Segundo Lochte, os quatro nadadores foram à casa de banho da bomba e, quando voltaram ao táxi que os transportava, o motorista não ligou o carro. "Foi nessa altura que dois homens se aproximaram do veículo com armas e distintivos da polícia", descreveu o nadador.
Na quarta-feira, a Justiça do Rio de Janeiro ordenou a apreensão dos passaportes dos nadadores norte-americanos Ryan Lochte e James Feigen, na sequência deste incidente. Só que Lochte já não estava no Rio de Janeiro e Feigen não estava na Aldeia Olímpica.
Os outros dois atletas envolvidos no alegado assalto, Gunnar Bentz e Jack Conger, preparavam-se para viajar de regresso aos Estados Unidos, na quarta-feira, quando a polícia apareceu e os retirou do avião. Os dois nadadores passaram quatro horas na delegacia e depois foram para um hotel.
Bryan Lochte deverá responder às perguntas da polícia brasileira por carta.