Como se sente neste regresso a Portugal?
Para mim tudo é especial em Peniche. As pessoas, as ondas, a comida, sinto-me muito confortável aqui, como se estivesse em casa. Por isso, quero muito ganhar este evento outra vez, só tenho mais um campeonato depois deste e o Gabriel Medina (campeão do mundo em título e atualmente no 5.º lugar da tabela) já tem uma final. Portugal é uma segunda casa para mim e estou muito feliz por estar de volta, principalmente na situação em que me encontro agora, no segundo lugar do ranking e a lutar pelo título mundial.
Por falar nisso, no título mundial, como está a ser este ano em termos competitivos?
Tem sido uma experiência alucinante para mim. Estar entre o top-3 desde o primeiro evento do ano (na Gold Coast, Austrália) foi sempre uma meta para mim. Estou no meu décimo ano de Tour e sempre sonhei com o dia em que ia chegar à última prova do ano na luta pelo o título. Para que isso aconteça agora, vou ter de trabalhar no duro, conseguir um bom resultado aqui e levar a disputa acesa até Pipeline, no Havai. Penso que, de todos os candidatos (além de Adriano, Owen Wright. Julian Wilson, Gabriel Medina e Filipe Todelo), só o Mick Fanning está numa posição confortável e por isso todos vão tentar dar o seu melhor.
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Numa entrevista ao DN, o jornalista australiano Steve Shearer afirmou o Adriano era "subestimado" e que poderia "sacar a virada do século" se conseguisse "um bom resultado em Pipeline". Se isso acontecer, como imagina esse dia?
Para mim isso é uma coisa muito distante ainda. Só penso no dia de amanhã e no que preciso de fazer para conquistar os meus objetivos. Claro que se estivesse no primeiro lugar do ranking estaria a falar de uma outra forma, mas não é o caso. Estou na segunda posição, quem está na liderança é o Mick e a pressão está nos restantes atletas que o querem apanhar. Como já disse anteriormente, quero muito levar a decisão do título para o Havai que é o lugar onde um campeão do mundo tem que ser coroado. Sonho com isso todos os dias e espero que se concretize.
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