Portugal perde com Espanha na final do Europeu de hóquei em patins

Marc Grau e Marc Juliá marcaram os golos da equipa espanhola, com Gonçalo Alves a bisar por Portugal.
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Portugal falhou hoje a conquista do cetro europeu de hóquei em patins, em Sant Sadurní d'Anoia, em Barcelona, ao perder por 4-2 na final com a Espanha, que revalidou o título pela terceira vez consecutiva.

A Espanha chegou à vantagem de 3-0, Portugal reduziu para a diferença mínima de 3-2, com dois golos de Gonçalo Alves, mas sofreu de imediato o 4-2 e, depois, não teve a tranquilidade necessária para trabalhar o golo e anular a desvantagem.

A seleção portuguesa entrou bem no jogo, com posse de bola e a criar oportunidades de golo, e com o guarda-redes Pedro Henriques, desde o primeiro minuto, em que negou o golo ao colega do Benfica Nil Roca, a transmitir segurança à equipa.

Hélder Nunes, a enviar a bola ao ferro da baliza defendida por Carles Grau após lance individual, aos dois minutos, e Gonçalo Alves, alguns segundos volvidos, com um remate de longe, deixaram o aviso das intenções da seleção portuguesa.

As situações de perigo sucederam-se para ambas as balizas, tendo Cessar Carballeira, aos cinco minutos, e Pau Bargalló, aos oito, testado os reflexos de Pedro Henriques, e Gonçalo Alves, aos seis e 11, e Henrique Magalhães, os de Carles Grau.

A Espanha chegou à vantagem por Marc Grau (1-0), aos 14 minutos, no desvio oportuno a um primeiro remate de Marc Julià defendido pelo guarda-redes Pedro Henriques, e a seleção portuguesa acusou um pouco a ansiedade pelo golo sofrido.

A seleção espanhola cresceu após o golo, dispondo mesmo de duas situações de perigo junto à baliza portuguesa, por Marti Casas e Sergi Aragonés, aos 18 minutos, resolvidos pelo guarda-redes Pedro Henriques.

Gonçalo Alves, aos 19 e 21 minutos, Hélder Nunes, aos 19, e João Rodrigues, aos 23, num lance em que surge isolado frente a Carles Grau, voltaram a estar perto do golo, tal como Nil Roca, aos 21, num duelo uma vez mais favorável ao guarda-redes português.

A segunda parte principiou uma vez mais com Pedro Henriques a negar o golo a Pau Bargalló, aos 26 minutos, e com o capitão espanhol a desperdiçar a oportunidade para converter um livre direto, aos 29, defendido por Pedro Henriques.

A jogar em 'power play' (com mais um jogador em pista), a Espanha foi letal e depois de duas bolas aos ferros, por Xavi Barroso e Pau Bargalhó, elevou a vantagem para 2-0 por Marc Grau, aos 31 minutos.

No mesmo minuto, a seleção espanhola adiantou-se para 3-0 na conversão de um livre direto por Marc Julià, mas uma boa reação da seleção das 'quinas', a criar perigo, trouxe quase de imediato o 3-1 por Gonçalo Alves, com uma 'sticada' de longe.

Aos 33 minutos, Sergi Aragonês viu o cartão azul e a história do jogo podia ter sido diferente se Portugal tivesse conseguido tirar vantagem de jogar em 'power play', mas tal não aconteceu e apenas conseguiu rematar uma vez por João Souto.

Portugal evidenciava alguma intranquilidade, enquanto a Espanha apostava no erro contrário para criar perigo, e aos 41 minutos, de livre direto, Gonçalo Alves não conseguiu ultrapassar Carles Grau.

Aos 44 minutos, numa jogada de costa a costa, Gonçalo Alves conduziu o lance até ao fim e conseguiu um golo de belo efeito com um remate entre as pernas, fazendo o 3-2, ainda com seis muitos para jogar.

A euforia dos portugueses, provocada pela diferença mínima após terem estado a perder por 3-0, durou pouco tempo, uma vez que Marc Julià, de livre direto, no mesmo 44.º minuto, voltou a abrir a vantagem para dois golos (4-2).

A Espanha conquistou o seu 19.º titulo europeu de hóquei em patins, o oitavo nas últimos dez edições, contra 21 de Portugal, que ergueu pela última vez o troféu em 2016, em Oliveira de Azeméis.

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