Mozart do xadrez' é o mais jovem número um do mundo


 Magnus Carlsen começou a jogar com oito anos e aos 19 lidera a classificação FIDE

O norueguês Magnus Carlsen, de 19 anos, é, desde ontem, o mais jovem número um da história da classificação de elite, estabelecida pela Federação Internacional de Xadrez (FIDE). Com 2810 pontos depois da sua vitória no torneio de Londres, Carlsen está à frente do búlgaro Veselin Topalov (2805) e do campeão do mundo indiano Viswanathan Anand (2790).
O jovem grande-mestre é conhecido como o "Mozart do xadrez" e começou a jogar com oito anos com o objectivo de ganhar à irmã mais velha. Algum tempo depois não só vencia a irmã como também derrotava o pai.
O seu treinador, o antigo campeão do mundo russo Gary Kasparov, considera que Magnus Carlsen é o mais brilhante talento da sua geração.
"Magnus tem o que chamamos um grande sentido posicional, um sentimento intuitivo de onde colocar as peças", frisou Kasparov, em declarações à agência de notícias Reuters.
Tendo nascido com esse talento natural para a modalidade, Carlsen tornou-se grande-mestre com 13 anos, o terceiro mais novo de sempre da história do xadrez.
Nos bastidores da modalidade já comparam Carlsen com Bobby Fischer, um prodígio do xadrez que acabou por ser absorvido pelo jogo e perdeu o contacto com o mundo exterior.
O norueguês admite que Fischer é um dos grandes jogadores de sempre, mas considera: "A diferença que existe entre nós é, por exemplo, o facto de que ele se tornou obcecado pelo xadrez de uma maneira que não é saudável e é uma linha que eu não pretendo ultrapassar."
Carlsen acrescenta que tenta não "misturar o xadrez com a vida. Quando não estou a jogar , faço as coisas normais que qualquer outro teenager faz".
Numa entrevista à revista norte-americana Time, o número um mundial afirma que o xadrez é um jogo de combate: "Tento bater o indivíduo que está à minha frente e tento fazer as movimentações que são mais negativas para ele e para o seu estilo."
Kasparov refere que, durante o tempo que o tem orientado, o trabalho com Carlsen não tem sido muito duro, mas agora "para manter a posição de número um ele terá de se acostumar a um ritmo de trabalho mais rigoroso".

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG