Djokovic calou Nova Iorque e embolsou três milhões de euros

O sérvio venceu Roger Federer na final do Open dos Estados Unidos contra um público hostil; chegou à elite com dez Grand Slam.

Novak Djokovic venceu o Open dos Estados Unidos em ténis, repetindo o êxito de 2011, derrotando no encontro decisivo o suíço Roger Federer, cinco vezes campeão do torneio - entre 2004 e 2008 - com os parciais de 6-4, 5-7, 6-4 e 6-4.

O sérvio, com este triunfo, embolsou quase três milhões de euros, mas ficou com um travo amargo devido a um suíço e não falamos de Roger Federer. Djokovic arrebatou três dos quatro torneios Grand Slam da temporada - Open da Austrália, Wimbledon e agora Open dos Estados Unidos - mas para fazer o Grand Slam (terminologia aplicada aos tenistas que vencem os quatro principais torneios da época) precisava de ter vencido Roland Garros. Chegou à final, mas aí foi Stanislas Wawrinka, o tal suíço, a revelar-se mais forte.

Em suma, Djokovic repete a sua melhor temporada, a de 2011, quando também tinha vencido três torneios Grand Slam. Mas agora diz-se diferente: "Sinto-me mais satisfeito, mais completo como jogador do que em 2011. Fisicamente estou mais forte, mentalmente tenho mais experiência. Agora sou pai, sou marido e estou a experimentar diferentes coisas na minha vida."

Por isto tudo, não é de estranhar que o sérvio tenha chegado às duas mãos-cheias de títulos do Grand Slam. E vão dez aos 28 anos. À sua frente estão ainda Roger Federer (17), Rafael Nadal (14), Pete Sampras (14), Roy Emerson (12), Rod Laver (11) e o mítico Björn Borg (11). "Sinto-me muito honrado por pertencer a um grupo de elite. Ganhar um torneio Grand Slam é muito especial para qualquer tenista, é aquilo com que um tenista profissional sonha. Estes são os torneios que queremos mesmo ganhar", disse Djokovic.

Mas esta vitória não foi tão saboreada como as outras. Djokovic sentiu o peso do público, que estava claramente do lado de Roger Federer. De tal forma que todos os erros não forçados cometidos pelo sérvio eram aplaudidos com enorme euforia pela esmagadora maioria dos 23 mil espectadores que encheram o Arthur Ashe Stadium.

"É muito bom ver que as pessoas querem que eu ganhe, querem que eu lute, gostam do que veem da minha parte. A minha responsabilidade é sempre não as deixar mal. Se foi o melhor público que já tive? Possivelmente. Se foi o mais barulhento? Talvez, foi surreal", reconheceu o helvético, que garante que ainda não é hora de arrumar a raqueta: "São encontros como este que me fazem continuar a jogar e sinto, sinceramente, que o meu ténis está a caminhar para o sítio certo. Parece ridículo dizer isto depois de tudo o que já ganhei, mas é o que sinto." Nas bancadas estavam algumas das estrelas de Hollywood, como Robert Redford, Robert de Niro, Leonardo DiCaprio, Gerard Butler e Sean Connery e ainda o antigo futebolista internacional inglês David Beckham.

Estes e os demais perceberam que a nova versão do revigorado Roger Federer, que amealhou mais 1,4 milhões de euros, foi insuficiente para levar de vencida o número um mundial, que irá manter até final época o lugar mais alto do ranking. Das 15 oportunidades que teve para quebrar o serviço do sérvio, Federer apenas aproveitou três. Mesmo assim, Djokovic fez questão de elogiar o tenista mais titulado da história do ténis: "Sabia que ele ia ser agressivo, mas estava pronto para isso, para a batalha. Foi isso que aconteceu durante mais de três horas. Puxámos um pelo outro até ao limite, como fazemos sempre."

Entretanto saiu nova atualização do ranking ATP. O português João Sousa, que chegou aos quartos-de-final do Open dos Estados Unidos na variante de pares, caiu para o 48.º lugar no ranking ATP de singulares, perdendo assim duas posições. O segundo melhor tenista português é Gastão Elias, num modesto 270.º lugar do ranking.

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