Demitiu-se o responsável pela construção do estádio dos Jogos de 2020
A demissão de Kimito Kubo, de 58 anos, surge mais de uma semana depois de o primeiro-ministro japonês, Yoshiro Mori, ter anunciado uma "revisão completa dos planos" de construção do estádio.
O responsável japonês pela construção do estádio olímpico dos Jogos Tóquio2020 demitiu-se hoje, depois de o governo nipónico ter anunciado uma revisão completa do projeto, que tem motivado críticas duras devido aos custos elevados.
A demissão de Kimito Kubo, de 58 anos, surge mais de uma semana depois de o primeiro-ministro japonês, Yoshiro Mori, ter anunciado uma "revisão completa dos planos" de construção do estádio, projetado pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid.
Mori garantiu na altura, e após uma reunião com o presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, ter todas as garantias de que, mesmo com este atraso, "a construção estará concluída dentro a tempo".
A 14 de julho, uma sondagem realizada pela televisão estatal japonesa NHK revelou que oito em cada dez japoneses rejeitam a construção do polémico novo estádio olímpico, cujos custos duplicaram face ao orçamento inicial.
As novas instalações desportivas têm estado envolvidas em polémica sobretudo desde que foi selecionado, em 2012, o projeto da arquiteta iraquiana Zaha Hadid pela sua dimensão 'faraónica' e por não estar adaptado ao ambiente urbano que envolve o recinto, a ser construído sobre o antigo estádio dos Jogos Olímpicos de 1964
Inicialmente, o orçamento era de 162 mil milhões de ienes (1,2 mil milhões de euros), mas o montante foi revisto em alta para 252 mil milhões de ienes (1,87 mil milhões de euros).
O estádio 'sede' dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, custou 680 milhões de euros, enquanto o de Pequim, que acolheu os Jogos em 2008, custou 455 milhões.
A expetativa inicial era de que o novo recinto, com 80.000 lugares, acolhesse o Mundial de râguebi em 2019, mas o primeiro-ministro já fez saber com tal não será possível.