Cinco vencedores recordam as voltas que a Volta já deu

Ciclismo. Das glórias de 1960 ao último vencedor português, o DN foi à boleia pela história da Volta a Portugal. Desde greves e falta de água até estradas de terra e bicicletas muito pesadas

Está aí a 77.ª edição da Volta a Portugal - que arranca hoje em Viseu e corta a meta em Lisboa, dia 9 de agosto. Bem mais curta e internacional nos últimos anos, mantém a emoção e o espetáculo, mas sem o espírito de aventura de outros tempos, desde que em 1927 o Diário de Notícias e o Sports se lançaram na organização da prova rainha do calendário velocipédico nacional.

Ao longo das últimas décadas tudo evoluiu, conforme o DN pôde confirmar numa viagem pelas memórias da história da Volta, com cinco vencedores portugueses em épocas distintas.

O mais antigo deles, Mário Silva, venceu a Volta pelo FC Porto em 1961, um ano depois de ter estado presente nos Jogos Olímpicos de Roma. Para ele, a Volta do seu tempo era bem mais dura. "Quando comecei, ainda trabalhava como carpinteiro. Os ciclistas de antigamente tinham mais força, hoje são mais "amimalhados"... Se quiséssemos água durante uma corrida, tínhamos de parar e procurar uma fonte. Havia vinte e muitas etapas e nalguns dias tínhamos duas... E havia também mais gente a ver a corrida. Chegávamos a encher as Antas e Alvalade", afirma o ex-campeão portista, agora com 75 anos, lembrando como investiu o dinheiro dos prémios arrecadados nessa Volta de 1961, em que a vitória final valia 25 contos: "No total, arrecadei mais de 40 contos. Distribuí 10% pelos colegas, como estava estipulado, e o resto investi em terrenos agrícolas, que o ciclismo não dava futuro.

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