Ayrton Senna inspira pilotos no GP do Brasil
Visitas ao túmulo de Ayrton Senna aumentam na altura da competição sul-americana. Há quem se emocione e muito
Felipe Massa e Rubens Barrichello são visitas frequentes, mas grande parte dos pilotos de Fórmula 1 já esteve junto ao túmulo de Ayrton Senna, no cemitério paulista do Morumbi, local de inspiração para aqueles e de veneração para gente comum, que recorda o exemplo do mítico brasileiro morto em 1994, em Imola.
Por lá passaram o alemão Michael Schumacher, o finlandês Hekki Kovalainen, o inglês Lewis Hamilton e até o canadiano Jacques Villeneuve, campeão do mundo de 1997, que no ano passado organizou uma emocionante homenagem com os pilotos da Top Race argentina. Embora as visitas sejam permanentes, crescem consideravelmente na semana do grande prémio. Por norma, os pilotos tentam passar despercebidos, mas nem sempre conseguem manter o anonimato, apesar de o cemitério do Morumbi ser um local que permite grande privacidade. Construído em estilo americano, apenas com lápides à vista, acolhe os restos mortais de algumas das celebridades brasileiras, como a cantora Elis Regina. A placa que assinala o local de descanso de Ayrton Senna refere como epitáfio: "Nada pode me separar do amor de Deus."
Entre os adeptos brasileiros corre a convicção de que Ayrton Senna inspirará o compatriota Felipe Massa. Este, já garantiu publicamente que correrá para o companheiro de equipa Fernando Alonso (Ferrari), ajudando no caminho para o terceiro título. Massa venceu em Interlagos em 2006 e 2008 e se repetir o feito poderá, de facto, facilitar a vida ao espanhol, dependendo dos resultados de Webber (Red Bull) e Lewis Hamilton (McLaren). No entanto, um promotor do Juizado Especial Criminal descobriu uma cláusula na lei brasileira, no Estatuto do Torcedor, que diz que Massa pode ser preso, caso deixe passar Alonso no domingo. Assim, Ayrton o inspire.