O preço de dar uma parte de avanço

Num jogo em que o chavão das duas partes distintas se aplica a preceito, Portugal - perdia ao intervalo (15-0) e cuja grande 2.ª parte chegou a fazer crer na reviravolta - estreou-se ontem com uma derrota na Taça Europeia das Nações, ao perder, em Lisboa, com a Rússia, por 18-14.

Os "armários" russos entraram a dominar, abusando do jogo de avançados pelas franjas das formações, com a clara intenção de desgastar o pack luso. Portugal, com Vasco Uva, os gémeos Mateus e Pedro Silva a placarem como gigantes (o habitual pitbull João Uva, vindo de lesão, esteve apagado numa má opção de Tomaz Morais...), não conseguia soltar-se da sufocante camisa-de-forças - e das três vezes que contra-atacou, concederia perigosos turn overs por falta de apoio ao portador da oval. A partir dessa supremacia, o "quinze" de Leste marcaria dois ensaios - pelo talonador Korshunov, impondo a força dos seus 105 quilos, e pelo ponta Kuzin, aproveitando clamoroso erro de Gonçalo Foro - num 1.º tempo em que os "Lobos" tiveram 30% de posse de bola e não entraram na área de 22 adversária.

Mas a equipa veio com uma nova alma e, fulgurante, aos 3' marcou por Foro (7-15), após cruzamento exemplar de Diogo Mateus, que aos 15', captou genial pontapé rasteiro de Cardoso Pinto para trás da defesa russa, e lançou Pedro Silva para os 14-15 que fizeram sonhar.

Comandada por José Pinto, "o melhor em campo", a equipa galvanizou-se - e até Acosta lá impunha, por fim, o físico... Mas aos 30' nova falta escusada (e foram tantas...) permitiu a Motorin selar os 18-14 finais, penalizando uma desastrada 1.ª parte.

- A.J.H.

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