"Ao manter Deco, Queiroz 'cavou' a sua sepultura"
Eduardo e Coentrão unânimes entre figuras da selecção.
"Em 52 anos de futebol, enquanto atleta e técnico, nunca me pareceu haver tanta falta de disciplina e de amizade, entre jogadores e treinador, na selecção portuguesa." Esta é, pelo menos, a ideia manifestada ontem ao DN por Hilário, antigo internacional português. "No meu tempo, os problemas eram resolvidos dentro do balneário, não vinham a público. E havia reuniões entre jogadores e treinadores, quando havia algo para resolver", revelou o ex-futebolista do Sporting e da selecção. "Na minha opinião, Carlos Queiroz, que é um excelente treinador mas que não foi feliz neste Mundial, 'cavou' a sua própria 'sepultura' quando manteve Deco na selecção, depois das críticas deste último [ Deco queixou-se de ter jogado fora da sua posição habitual no encontro com a Costa do Marfim]", defendeu o ex-futebolista que representou Portugal no Mundial de 1966, em Inglaterra.
Esta questão já tinha sido prevista pelo treinador português Manuel Cajuda, que comentou que Portugal "foi para o Mundial sem a equipa unida", pensado que era lá que se iam resolver os problemas. Para o treinador, tal não aconteceu, o que veio a ver-se nas declarações polémicas que Manuel Cajuda desvaloriza: "Tenta-se arranjar um caso onde não há caso", diz.
Unânime na selecção foram as prestações de Eduardo e Fábio Coentrão e Tiago, com uma defesa que funcionou às mil maravilhas. Bruno Alves e Ricardo Carvalho, mais o guardião, só consentiram um golo durante a prova.