Gestão da crise com muita luta e pouco futebol
Num encontro entre duas equipas a gerir a "crise" , o Estrela da Amadora, em nono lugar e com ordenados em atraso, e o Vitória de Setúbal, penúltimo classificado e a braços com vazio directivo, o empate acabou por ser um resultado justo, apesar da equipa da casa ter feito mais para chegar à vitória.
Os dois treinadores, ambos de recurso, voltaram a mostrar que são autênticos gestores de crise. Lázaro Oliveira fez o que pôde para motivar os seus pupilos, ainda assim longe de regalarem a vista dos presentes com bom futebol. Por seu turno, Carlos Cardoso tem como missão fugir da despromoção, talvez por isso tenha colocado a sua equipa a jogar para o empate. O Vitória remeteu-se ao seu meio terreno, realizando um único remate à baliza de Nélson, naquela que foi a grande oportunidade do jogo, já sobre o apito final. Três minutos depois do tempo regulamentar, Auri, quando tinha tudo para marcar, chegou atrasado à bola por milímetros.
Apesar de viver um futuro incerto, com os jogadores a receberem apenas os prémios de jogo, a formação da Amadora - talvez por não ter de provar nada a ninguém -, apresentou-se mais um vez em campo com um fute- bol descontraído, desinibido, criando, inclusivamente, algumas boas jogadas que deram aos seus poucos adeptos presentes nas bancadas por bem empregue o dinheiro gasto no bilhete (5,5 euros pagaram os sócios). Em termos individuais, Celsinho foi o homem mais activo no ataque tricolor. Pena ter sido tão individualista. Nuno André Coelho, o melhor futebolista em campo, foi soberano no último reduto dos locais.
- C.L.