"FIFA tem de travar ingerências"

Júlio Vieira critica ingerências do Governo e indefinição de Madaíl, esperando que FIFA faça o que fez com Grécia e Ucrânia.

"Neste momento não existe nenhum grande obstáculo que impeça um acordo para aprovar os novos estatutos [da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)]. Bastava 30 minutos para resolvermos este impasse. Não é nada de grande dificuldade", defende Júlio Vieira, presidente da Comissão Delegada das Associações.

Todavia, para o também presidente da Associação de Leiria, que votou contra os novos estatutos na última AG, todas as partes envolvidas têm de assumir as suas responsabilidades neste processo que, diz, só chegou a mais um chumbo dos estatutos, no sábado, por "ingerência grosseira" do Governo no movimento associativo. "Desde a primeira hora que houve uma tentativa dei imposição do secretário de Estado [Laurentino Dias] que levou à quebra de um possível equilíbrio", defende, recordando ainda: "35 anos após o 25 de Abril é inadmissível que o Governo queira obrigar as federações a actuarem de uma determinada maneira, pondo em causa o livre associativismo". Para o dirigente, "responsabilidades" deve também assumir Gilberto Madaíl, já que "defendeu uma coisa e o seu oposto. O presidente nunca assumiu uma posição nesta matéria. Há dois anos criticou a ingerência do Governo no futebol e agora não diz nada". "Só esperamos que a FIFA e UEFA tenham a mesma coerência sobre a ingerência dos Governos no futebol, como fez com a Grécia e a Ucrânia".

Ainda ontem, Gilberto Madaíl reconheceu que a situação "é preocupante", mas tem "esperança" numa solução a curto prazo - A FIFA analisará o caso a 1 de Março, na reunião do Comité das Associações. O presidente da FPF assumiu que "vai tentar encontrar pontos de consenso entre os sócios".

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