"Alguns clubes podem desaparecer no final da época"

Joaquim Evangelista lembra que não é só no Olhanense que há salários em atraso. Benfica ou FC Porto poderão sair beneficiados caso não exista acordo entre jogadores e direção.

O presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista, alertou para a possibilidade de vários clubes da Liga correrem o risco de ter de fechar portas no final da época.

Depois de os jogadores do Olhanense terem avançado com um pré-aviso de greve para o jogo frente ao Benfica, por terem três meses de salários em atraso, Joaquim Evangelista lembrou que a situação em Olhão não é inédita e que se estende à maioria dos clubes da Liga.

"A maioria dos clubes vive as mesmas dificuldades e há o risco de alguns clubes poderem desaparecer. Mas temos que colocar a questão correta: Então e no início da época? Não era assim? Não existiam já estas condições negativas? Como é que ninguém reparou que não havia patrocinadores e condições?", questionou Joaquim Evangelista.

"Como é que a Liga deixou passar isto no início da época e agora, no final, é que anda toda a gente à procura de investidores e receitas?", prosseguiu, antes de elogiar a postura da Liga no caso da Naval 1.º de Maio, que "teve uma ação positiva e ajudou a acionar o fundo de garantia salarial do Sindicato". Evangelista espera, agora, que se encontre uma solução para o caso do Olhanense na próxima semana.

Isidoro Sousa, presidente do clube algarvio, pediu aos jogadores para aguardarem até terça-feira pela resolução do problema, caso contrário a classificação Liga poderá ser severamente desvirtuada: ou o Olhanense comparece com um equipa de juniores frente ao Benfica, algo que facilitaria o caminho dos encarnados rumo ao título, ou então correrá o risco de ser excluído da Liga, com a falta de comparência - algo que daria mais dois pontos ao FC Porto, isto porque os dragões empataram 1-1 com os algarvios no Dragão.

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