Platini e Maradona arrasam Joseph Blatter

O presidente da UEFA diz que foi enganado, enquanto a antiga estrela argentina fala de "um recreio para corruptos" na FIFA

Michel Platini, presidente da UEFA, declara esta segunda-feira o seu apoio à candidatura do príncipe jordano Ali bin Al-Hussein para a presidência da FIFA. Em entrevista ao jornal francês L'Équipe, o antigo jogador acredita mesmo que se poderá tratar de "um grande presidente" se conseguir destronar o atual líder Joseph Blatter.

Aliás, Blatter mereceu duras críticas de Platini que o acusa de ter mentido às federações europeias em 2011. "Ele pediu-nos, olhos nos olhos, que o apoiássemos porque aquele seria o seu último mandato", recordou o líder da UEFA, admitindo ter-se "envolvido numa mentira". Perante a recandidatura o atual presidente da FIFA, Platini não tem dúvidas: "Quer tentar manter o seu trono a qualquer custo."

Outra voz crítica foi Diego Maradona, antigo internacional argentino, que num artigo de opinião publicado no jornal britânico Telegraph não poupou nas palavras. "O futebol mudou nas últimas décadas e não foi para melhor. No passado, era um desporto do qual nos podíamos orgulhar, que unia o mundo. Mas a FIFA tornou-o num recreio para corruptos", escreveu.

O eterno número 10 acrescentou ainda que o organismo que dirige o futebol mundial tornou-se, sob o comando de Blatter, "numa desgraça e numa vergonha", comparando mesmo o dirigente suíço a "um chefe da máfia que consegue sempre fugir da prisão". E vai mais longe: "Um quinto mandato é uma noção absurda nos dias de hoje, numa sociedade democrática. Porém, é o que sucede na FIFA. Temos um ditador para sempre."

Refira-se que as eleições da FIFA, que têm como concorrentes Blatter e Al-Hussein, estão marcadas para sexta-feira, em Zurique.

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